
Um informe epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (25) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a incidência de casos de violência contra mulheres jovens no Piauí é mais de três vezes superior à registrada entre homens jovens.
O levantamento faz parte do estudo “Informe Epidemiológico – Situação de Saúde da Juventude: Violências e Acidentes”, produzido com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. O documento revela que, embora em todo o país os índices de notificações sejam mais altos para mulheres, a disparidade entre os sexos é ainda mais acentuada em alguns estados.
“A taxa de incidência entre mulheres jovens chega a ser 5,1 vezes maior do que entre homens jovens no Amapá, e 4 vezes maior no Pará. Merecem destaque também as UFs do RJ, AC, ES, PI e RS, onde essas taxas entre as mulheres jovens são mais de 3 vezes a observada para os homens jovens”, diz o informe.
No Piauí, a taxa de notificação de casos de violência entre a juventude é uma das mais baixas do Nordeste, com 217 registros por 100 mil habitantes, mas ainda assim demonstra desigualdade marcante entre mulheres e homens.
O informe detalha ainda os tipos de violência mais comuns contra jovens no Brasil. A violência física aparece como a mais recorrente, sendo responsável por 47% das notificações. Em seguida estão a violência psicológica ou moral, que corresponde a 15,6% dos casos, e a violência sexual, com 7,2%.
O estudo destaca que, quanto mais jovens as vítimas, maior a proporção de violência física; já nas idades mais avançadas dentro do grupo juvenil, crescem os registros de violência psicológica.
Por outro lado, há estados em que a diferença entre homens e mulheres jovens não é tão acentuada. Em locais como Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul, por exemplo, as taxas de incidência apresentam proporções mais equilibradas, revelando um cenário de menor disparidade entre os sexos quando comparado às regiões Norte e Nordeste onde a desigualdade é mais marcante
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