A invasão de aguapés no Rio Poti tem afetado o trabalho de pescadores em Teresina-PI. O avanço excessivo da proliferação da planta transformou o rio em um verdadeiro tapete verde. Entre as consequências estão a morte de peixes pela falta de oxigênio e a dificuldade de deslocamento de quem depende da atividade para o sustento.
O líder dos pescadores, José Francisco, contou à TV Clube que o grupo alertou a Prefeitura sobre o problema e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) assegurou que tomaria medidas, mas nada foi resolvido.
Invasão de aguapés no Rio Poti (Foto: TV Clube)
“Quando a gente foi lá [ na Prefeitura], a gente viu que o problema estava muito sério. A gente previu que de cerca de um mês a um mês e meio depois o rio iria fechar, como aconteceu. O rio já está fechado há dos meses e a gente não consegue mais se deslocar no trecho entre [os bairros] Risoleta [Neves] e Água Mineral”, afirmou.
O ambientalista Dionísio Carvalho ressaltou que o desequilíbrio ambiental no rio Rio Poti é resultado da falta de fiscalização, sobretudo ligações clandestinas.
“Esse processo se dá também à poluição por conta, principalmente, das ligações clandestinas. Hoje, quase tem 59% de saneamento a cidade. Não faz sentido a zona Leste de Teresina, que tem saneamento, estar escorrendo água pela drenagem pluvial. Em plena época seca aqui, está descendo água de esgoto, água de banheiro. É alarmante”, explicou.
Foto: TV Clube
Para amenizar a situação, o Ministério Público Federal firmou um acordo com o Município e a concessionária Águas de Teresina para a limpeza, fiscalização e medidas de compensação ambiental até 2033.