
Nesta segunda-feira (15), a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou uma audiência pública para discutir a ampliação do teste do pezinho. Atualmente, o exame é capaz de identificar apenas seis doenças, mas o projeto em debate propõe ampliar esse número para 60.
Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal já contam com leis que garantem a versão ampliada do exame. A intenção da audiência é que o Piauí também adote a medida, assegurando diagnósticos mais completos para os recém-nascidos.
O deputado Thiago Vasconcelos ressalta que o teste do pezinho é uma das formas mais eficazes de detectar e identificar doenças raras, motivo pelo qual considera fundamental a sua ampliação.
“Nós temos o teste do pezinho como a maneira mais eficaz de detectar e identificar doenças raras. Prevemos que haja uma lei federal que prever essa alteração em cinco etapas”, afirmou o deputado

A diretora do hospital infantil Lorena Mesquita ressalta a relevância da ampliação dos testes realizados em recém-nascidos, enfatizando que essa medida permite a identificação precoce de doenças graves e potencialmente incapacitantes.
“A importância da ampliação e que novas doenças, doenças graves e que causam sequelas em crianças, possam ser detectadas assim que a criança nasce e muitas vezes antes que essa criança venha a ter algum sintoma “, disse Lorena”, ressalta Lorena.
Ela diz que o objetivo é justamente expandir essa cobertura, permitindo que mais doenças sejam detectadas logo nos primeiros dias de vida do bebê.
“O teste do pezinho tem várias etapas de evolução e cada etapa vai ampliando a quantidade de doenças que são detectadas. O que a gente quer é que essas doenças sejam ampliadas no teste e podem ser evitadas precocemente”, explica Lorena Mesquita.
Participação de pais e mães
Pais e mães participaram da audiência pública e defenderam a ampliação do teste do pezinho, além da oferta gratuita pelo sistema público. Muitos relataram que, após o parto, precisam recorrer à rede privada para realizar o exame, já que o SUS ainda limita a detecção a apenas seis doenças.
Cassandra é mãe de uma criança diagnosticada com a síndrome de Vulto-van, que causa deficiência intelectual, dificuldades na fala, atraso no desenvolvimento motor e traços do espectro autista.
“Meu filho tem uma doença rara, que infelizmente a gente só detectou no exame genético. Inclusive ele fez o teste do pezinho ampliado, que detectou outra alteração genética e já ajudou no diagnóstico dessa segunda alteração. Foi a partir daí que a gente começou o tratamento precoce”, relata Cassandra.

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