25 de setembro de 2025

Município piauiense está entre os 10 do Brasil que mais perderam vegetação da Catinga para usinas solares

Agora, as usinas solares surgem como mais uma ameaça ao bioma da cantiga.
Estagiária
Publicado há 1 dia

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MapBiomas mostra que o Piauí é o terceiro no País em desmatamento para implantação de painéis solares (Foto: ilustrativa)

Um levantamento do MapBiomas mostra que o Piauí ocupa a terceira posição no ranking nacional de desmatamento para implantação de painéis solares. Em nove anos, a expansão dessas usinas resultou em um aumento de 17,35% na perda de vegetação nativa. São Gonçalo de Gurgueia, a 776 km de Teresina, está entre os dez municípios do Brasil que mais perderam Caatinga para usinas solares, com 1.717 hectares suprimidos entre 2016 e 2024. 

A Catinga no estado já vinha sofrendo pressões de atividades como agropecuária, mineração e produção de lenha e carvão. Agora, as usinas solares surgem como mais uma ameaça ao único bioma exclusivamente brasileiro, ampliando os índices de desmatamento no Piauí.

De acordo com o estudo, em 2016 os painéis solares ocupavam 264,11 hectares no Semiárido piauiense. Em 2024, a área chegou a 3.788,54 hectares, o que representa um crescimento de 17,35%. Com isso, o Piauí passou a ocupar o segundo lugar no Nordeste em perda de Caatinga para usinas solares.

 

Os 10 municipios do Brasil que mais perderam catinga para usinas solares (Foto: MapBiomas)

No ranking nacional, o Piauí está em terceiro lugar entre os estados que mais perderam Caatinga para usinas solares entre 2016 e 2024. Minas Gerais lidera com aumento de 59,84%, seguido pela Bahia (25,48%). Depois do Piauí, vêm Rio Grande do Norte (16,27%), Ceará (14,77%) e Pernambuco (12,22%).

O crescimento das usinas solares no Brasil começou em 2016, com 822 hectares ocupados por instalações de médio a grande porte voltadas à geração de energia elétrica por conversão direta da luz solar, com foco comercial.  

Em 2024, essa área já era de 35,3 mil hectares. Quase dois terços (62%, ou 21,8 mil hectares) estão na Caatinga; cerca de um terço (32%, ou 11,2 mil hectares) fica no Cerrado; e 6% (2,1 mil hectares) está na Mata Atlântica. Juntos, Minas Gerais, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte possuem 74% da área mapeada com usinas fotovoltaicas em 2024: 25,9 mil hectares”, diz o relatório. 

Desse total, 13,1 mil hectares, ou 37% de toda a área ocupada por usinas fotovoltaicas no Brasil, estão em Minas Gerais.  Quase metade (44,5%, ou 15,7 mil hectares) da área convertida para usinas fotovoltaicas era formações savânicas e 36,6% (12,9 mil hectares) da área convertida para usinas fotovoltaicas era pastagens.

Dados de 2016 a 2024 de perda de catinga por municipio( Foto: MapBiomas)

 


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