
Pesquisadores confirmaram pela primeira vez a presença de pterossauros em território piauiense. Os fósseis foram encontrados no município de Simões, na região da Bacia do Araripe, e correspondem a fragmentos de ossos das asas de dois indivíduos. A descoberta, publicada nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, amplia o mapa de distribuição desses répteis voadores que viveram há mais de 100 milhões de anos.
O material foi recuperado no sítio Capim Grande e preparado no Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (URCA), no Ceará. Segundo os pesquisadores, um dos fósseis pertenceu a um animal jovem, ainda em fase de crescimento, enquanto o outro indica um indivíduo adulto que já havia atingido seu tamanho final. As análises apontam que esses pterossauros poderiam alcançar envergadura entre 3 e 3,1 metros, comparável a espécies já conhecidas da mesma formação geológica.
No artigo, os cientistas destacam que “as descobertas apresentadas aqui indicam que os pterossauros estavam distribuídos por toda a Bacia onde aflora a Formação Romualdo”, ressaltando a importância de ampliar as coletas e de aplicar controles geográficos e estratigráficos para compreender melhor a diversidade do grupo.
Até agora, a maior parte dos registros de pterossauros da Bacia do Araripe vinha do Ceará e, em menor número, de Pernambuco. O achado em Simões marca o primeiro registro confirmado no Piauí, o que reforça a necessidade de novas pesquisas em áreas pouco exploradas do estado.
Para o professor Renan Bantim, da URCA, o resultado mostra que “o Piauí tem um potencial enorme para novas descobertas e deve ser incluído no mapa das grandes regiões fossilíferas do Brasil”. O professor Paulo Victor de Oliveira, da Universidade Federal do Piauí, acrescenta que o trabalho “é fruto de anos de investigação e prova que o estado guarda capítulos fundamentais da vida pré-histórica”.
A descoberta posiciona o Piauí de forma inédita na paleontologia mundial, revelando que os céus da região já foram habitados por animais gigantes que dominaram o planeta no Cretáceo
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