
O relatório Pele Alvo: crônicas de dor e luta, divulgado nesta quinta-feira (6), revela que 87,5% das pessoas que morreram em confronto com a polícia no Piauí são negras. O estudo faz parte de um projeto da Rede de Observatórios da Segurança, iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).
De acordo com o documento, das 24 mortes provocadas por agentes de segurança no estado em 2024, 87,5% das vítimas eram pessoas negras. Além disso, 52,0% dos mortos tinham até 29 anos.

Apesar de a letalidade policial no Piauí apresentar uma redução no número absoluto de casos, os dados do estudo destacam que a seletividade racial é uma marca na estrutura da violência policial. Como resultado, pessoas negras têm muito mais chances de serem mortas.
“Em suma, a análise da intervenção policial no Piauí evidencia que a diminuição do número de mortos não significa necessariamente o enfraquecimento da violência racializada. Ao contrário, revela sua capacidade de se recompor, mantendo jovens negros no centro da mira estatal”, diz trecho de documento.
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