14 de novembro de 2025

Polícia investiga negligência em palco onde empresário morreu eletrocutado no Piauí

A empresa responsável pela montagem foi procurada para se posicionar sobre o caso.
Atualizado há 5 dias

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Empresário Darlan Ribeiro (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Piauí investiga a morte do empresário Darlan Ribeiro após ele sofrer uma descarga elétrica em cima de um palco de show no município de Caracol, durante as festividades da cidade. A empresa D L Eventos, responsável pela iluminação, parte elétrica e montagem do palco do evento, foi procurada pelo Portal ClubeNews, mas vai aguardar a conclusão do inquérito policial para se posicionar.

De acordo com o delegado José Wellington, de São Raimundo Nonato, a apuração do caso teve início logo após a morte do empresário. A perícia técnica foi deslocada de São Raimundo Nonato, a cerca de 86 km de Caracol, chegando ao local com algum atraso.

O delegado explicou que, inicialmente, foi instaurada uma Verificação Preliminar de Informações (VPI), procedimento que antecede o inquérito policial. Segundo ele, elementos suficientes foram colhidos na fase inicial, indicando que a morte do empresário resultou de negligência e falta de cuidado nas instalações do palco.

“Quando a gente não tem provas suficientes da materialidade do crime, a gente instala esse procedimento prévio para posteriormente instaurar o inquérito. Fizemos diversas oitivas e requisitamos o laudo pericial e documentos”, detalhou o delegado.

Testemunhas relataram em depoimento que, em ocasiões anteriores, em eventos organizados pela mesma empresa, outras pessoas sofreram choques, incluindo o próprio Darlan, que trabalhava na produção de eventos e tinha uma produtora.

Perícia dificultada por desmontagem de instalações

O laudo pericial constatou que, ao chegar no local da ocorrência, as instalações elétricas do palco já estavam desmontadas, o que dificultou o trabalho dos peritos. Por isso, não foi possível medir com precisão a fonte de energia que estava energizando a escada onde ocorreu o choque fatal.

“Não foi possível definir de onde veio essa energia. Se era de um equipamento eletrônico instalado, se era alguma fiação que estava mantendo contato. Não foi possível definir isso. Infelizmente não houve esse isolamento antes de a perícia chegar”, lamentou o delegado.

Apesar de as instalações terem sido desligadas, a perícia constatou irregularidades, como fiações sem os cuidados técnicos necessários. Havia aterramentos no local, mas realizados de forma inadequada, em desconformidade com as normas técnicas.

Inquérito policial em fase final

Após os procedimentos iniciais, o inquérito policial foi instaurado e ainda está em andamento. O delegado relatou que a última etapa desse processo é ouvir o dono da empresa responsável.

Apesar de a perícia não ter conseguido coletar dados cruciais no local, a Polícia Civil está se baseando nos depoimentos de testemunhas e nos relatos de choques ocorridos em outros eventos organizados pela mesma prestadora de serviços.


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