João Lucas Campelo, de 16 anos, viveu um momento especial na sexta-feira (20). Tetraplégico desde dezembro de 2024, após ser baleado em uma escola de Teresina, o adolescente recebeu a visita da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em sua casa. Durante o encontro, ganhou uma medalha da instituição, gesto que simboliza vitória e superação. João sempre sonhou em vestir a farda da PRF, e a homenagem reforçou esse vínculo com seu maior sonho.
O encontro com João Lucas foi marcado por emoção e significado. Ao visitar a casa da família, o superintendente da PRF no Piauí, Fabrício Loiola, ressaltou o valor de realizar um gesto que aproximasse o jovem do sonho que sempre teve. A equipe compartilhou nas redes sociais um vídeo da visita, que pode ser assistido na íntegra na gravação disponível nesta matéria.
“O João sempre sonhou em ser Policial Rodoviário Federal. Por isso, levamos até ele um pouco desse sonho: a viatura, a medalha da nossa corrida — símbolo de vitória —, um presente simples, mas cheio de significado, e, acima de tudo, presença e acolhimento. Seu irmãozinho Guilherme também viveu esse momento, entrou na viatura, sorriu, foi cuidado. Porque cuidar de uma vida é cuidar de toda a família”, escreveu o superintendente nas redes sociais.
O superintendente destacou que a visita “foi um abraço coletivo, foi humanidade em movimento”. Cleytiana Campelo, mãe de João Lucas, falou sobre a emoção que tomou conta da família durante a visita. Ela agradeceu à PRF por acreditar na reabilitação do filho. “Essa visita foi muito importante para ele, foi bem perceptível no olhar dele. Deus abençoe a cada um”.
João Lucas precisa de assistência 24 horas por dia e acompanhamento multifuncional para garantir os cuidados necessários à sua saúde e bem-estar. Para arcar com todas as despesas, a família organiza rifas e conta com a solidariedade de amigos e até mesmo de pessoas desconhecidas, que se unem para proporcionar uma vida melhor ao adolescente.
Entre os que entraram nesta corrente de solidariedade está o Instituto Marcelo Bezerra, que, junto da PRF, foi à casa do estudante. A equipe assumiu a parceria oferecendo três meses de tratamento gratuito, iniciando com a avaliação para definir, junto com a mãe, o melhor caminho para o João.
“Viemos com a equipe da PRF avaliar o João. Toda a equipe da fisioterapia vem para fazer um tratamento. Eu tenho certeza que vai ser muito bom para ele”, disse a equipe do instituto.
CRIME EM ESCOLA
A autora do crime foi a ex-namorada do adolescente, também aluna da mesma escola. Na época do ato infracional, ela foi apreendida. Ela já foi indiciada.
O tiro atingiu a região da cabeça e o projétil permanece alojado na nuca do adolescente, impossibilitando a remoção cirúrgica. Apesar do diagnóstico considerado incurável, a família mantém a fé na recuperação.
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