Emanuel Pereira*
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Durante muitos anos, a professora Kátia Araújo deu aulas de Geografia nas escolas de Teresina, mas não estava satisfeita com a profissão. À procura de um novo caminho para seguir, ela recordou que, desde menina, é uma grande apreciadora de trabalhos artísticos, especialmente a pintura, então, em 2017, quando descobriu sua nova vocação, a profissional de 52 anos trocou a arte de educar pela arte de pintar.
Kátia é um exemplo de quem não se limitou à formação acadêmica e explorou novas possibilidades para a sua carreira profissional, pois conquistar um diploma de ensino superior nem sempre é sinônimo de felicidade.
“Eu não me sentia realizada ao exercer meu papel de educadora. Precisava encontrar algo que me proporcionasse bem-estar emocional e eu encontrei tudo isso na arte”, disse.
Além de gerar renda, trabalhar com pintura artística fez bem à saúde mental da empreendedora. Este ofício também ajuda outras pessoas, pois, ao colorir cerâmicas, Kátia fomenta a economia local.
VALORIZAÇÃO DA CULTURA PIAUIENSE
A artista também desenha e pinta telas, paredes, madeiras e outras superfícies. Porém, ela prefere os objetos de cerâmica, porque gosta de incentivar o trabalho dos artesãos do Polo Cerâmico do Poty Velho, na zona Norte da capital.
“As pessoas que trabalham nas olarias deixam o nosso artesanato mais diversificado e essa produção deve ser mais valorizada. Muitas vezes, vou até lá e peço ao trabalhador que crie um modelo diferente de peça para eu pintar, pois sei que um desafio como este é motivador”, pontuou.
Dentre as pinturas mais solicitadas pelos clientes, estão as que fazem referência à cultura do estado. O trabalho de lettering (arte de desenhar letras) com expressões faladas pelo povo piauiense está presente em muitas criações da artista.
“Sempre procuro estampar, nas peças, aspectos peculiares do Piauí. Nosso modo de falar, também conhecido como ‘piauiês’, é um dos mais criativos”, concluiu.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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