
Rotinas de correria e pressão no trabalho podem gerar ansiedade e depressão, que inferem na produtividade de cada pessoa. Essa situação pode levar aos diagnósticos de “estafa mental” e Síndrome de Bornout.
Saber manejar as tarefas diárias – com objetivos de longo e curto prazo – pode ser fundamental para manter uma rotina “mais tranquila”.
A professora e nutricionista Ágatha Christian cuida da família e do Thor, o cachorro dela. “Aqui como costumo dizer, nossa rotina é milimetricamente calculado. Nada pode dar errado, porque se algo der errado mexe em absolutamente tudo”, disse.
Hoje, Ágatha já consegue manter uma rotina planejada, mas ela já precisou de ajuda médica para lidar com isso quando fez o mestrado.
“Quando eu fiz mestrado tive de fato uma estafa mental, que hoje já existe um diagnóstico que é o Bornout. Eu travava, não conseguia fazer as coisas, porque estava muito sobrecarregada. Sobrecarga que eu mesma coloquei em cima de mim”, explicou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o brasileiro passa 12h por dia envolvido ou pensando em algo do trabalho e apenas 3h por semana dedicados a atividades físicas.
Confira alguns dados da OMS:
72% dos profissionais brasileiros possuem sequelas de estresse. Dessa porcentagem:
32% desenvolveu síndrome de Bornout 49% possui depressão 90% praticam presenteísmo (presente fisicamente, mas com pensamentos distantes)
A psicóloga Rosângela Parga explica que “a cobrança excessiva, o imediatismo da sociedade e os próprios meios do trabalho fazem com que muitos problemas de desordem mental e física sejam observados”. Para ela, a síndrome de Bornout é a mais identificada nos últimos anos.
“A pessoa fica completamente incapaz de desenvolver suas atividades laborais e até as sociais de maneira saudável”, detalha. Este foi o caso da policial militar Bruna Castelo Branco, que trabalha pela manhã e tira as noites de segunda a sábado para estudar.
A rotina de Bruna começa por volta das 4h30 quando acorda. “Passo o dia fora de casa e tenho que ter muita organização para não esquecer nada, porque não vou ter como voltar em casa para pegar”, afirmou.
“Às vezes, o cansaço também faz com que a cabeça da gente esqueça algumas coisas; então, tem que ter organização e, nisso, buscar o equilíbrio: fazer algo que gosta e tirar aquele hiperfoco da cabeça para voltar ao equilíbrio mental”, completou.
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