Isadora Cavalcante*
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O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Piauí (Sindesp) realizou uma paralisação da categoria e protestou, na manhã desta sexta-feira (2), para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial da classe.

A manifestação aconteceu em frente ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), zona Sul de Teresina, no complexo de saúde onde está o Hospital Getúlio Vargas.

Ao Portal ClubeNews, a presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Piauí, Auriane Coutinho, aponta que a situação dos trabalhadores da área é precária devido à falta de concursos públicos. Além disso, ela denuncia haver demissões em massa de profissionais a “bel-prazer dos gestores”.

“Somos uma categoria onde 75% dos profissionais tem vínculo trabalhista precarizado. Recebemos um salário inferior e ainda sem garantia de direitos básicos, como o adicional de insalubridade ou qualquer gratificação. Esses cargos estão sendo utilizados a “bel-prazer” servindo a interesse dos gestores. Hoje está havendo uma demissão em massa de profissionais que não são efetivados pela falta de concurso público”, destacou a presidente do sindicato.

Os profissionais também protestaram, na quinta-feira (1), em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) onde defenderam as mesmas pautas. Entretanto, a classe alega não ter sido recebida por nenhum representante político.

Para a presidente do Sindesp, Jeane Sousa, um dos principais problemas enfrentados pela classe é a indicação política a postos de saúde para substituir profissionais que já estão na ativa.

“Nessa semana, já teve 100 pessoas indicadas por um determinado político levando uma cartinha para substituir outros servidores. Queremos concurso e a não indicação de políticos. Nós não vamos ter reajuste de salário, o próprio governador afirmou, mas o PLAMTA [Instituto de Assistência e Previdência Privada do Piauí] foi reajustado em 15,5%. E quem é penalizado é o servidor”, completou a sindicalista ao ClubeNews.

Entre as reivindicações dos profissionais da saúde estão:

• Reajuste salarial: atualização das tabelas de vencimentos dos profissionais de saúde e do plano dos administrativos;
• Instituir novas tabelas de vencimento para o grupo operacional de serviços;
• Garantir as Promoções/ progressões, regularmente, para todos;
• Inativos e pensionistas: adequação dos proventos aos respectivos
• Planos de Carreira, em obediência à regra constitucional da paridade;
• Prestadores de serviços das folhas 144 e 146: pagamento do vencimento inicial do respectivo grupo funcional, constante do plano de carreira dos servidores efetivos, aos prestadores de serviço;
• Pagamento dos adicionais noturno e de insalubridade, quando for o caso;
• Inclusão dos prestadores de serviço nos Planos de Saúde, mediante adesão individual;
• Servidores celestitas/efetivos: criação de mecanismo específico de pagamento da contribuição para os respectivos Planos de Saúde, após a aposentadoria, garantindo a continuidade da condição de beneficiário; cumprimento da legislação trabalhista (adicional noturno, insalubridade, vale-transporte);
• Insalubridade: descongelamento e retorno dos percentuais, conforme grau de risco;
• Reajuste da remuneração do plantão extra, sem atualização desde 2012.
• Concurso Público: convocação de concurso para reposição de pessoal em vacâncias decorrentes de aposentadoria e falecimento, em todos os grupos, especialmente o médio/técnico.

O Portal ClubeNews entrou em contato com a Secretaria Estadual de Administração e Secretaria Estadual de Saúde. O pedido de esclarecimento foi repassado à equipe da Coordenadoria de Comunicação Social, que informou que as pastas não irão se pronunciar.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso