
Eric Souza*
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Dentre as várias formas de amor, a ligação entre avô e neta guarda um lugar especial no coração da Maria Eduarda Costa. A acadêmica de Odontologia lembra com carinho dos momentos felizes divididos com Deusdedit Narciso, falecido aos 81 anos no início deste mês.
“Eu e meu avô éramos muito unidos, fazíamos tudo juntos. Ele amava ir ao aeroporto [Prefeito João Silva Filho, em Parnaíba] para observar os aviões. Gostávamos de almoçar em Ilha Grande, em um restaurante à beira do rio. Também viajávamos para o interior de Murici dos Portelas, onde sua família morava”, conta ao Portal ClubeNews.

As memórias tornaram-se nebulosas quando Deusdedit sofreu um infarto e passou duas semanas entubado em um hospital do município no litoral do Piauí. Na última semana, em que deveria ter recebido alta, sofreu quatro paradas cardíacas e não resistiu.
“O processo do luto é muito difícil. É como se a ficha não caísse, eu fosse até a casa dele e ainda o encontrasse lá. Estamos tentando compreender que esse foi o plano de Deus, que sabe tudo o que faz. Nos apegamos a Ele para diminuir a dor e nos confortarmos, mas a saudade é enorme”, lamenta Maria Eduarda.
Para eternizar o elo com o avô, a estudante decidiu fazer duas tatuagens no braço esquerdo: uma traz a assinatura de Deusdedit e o ano de seu nascimento, enquanto a outra ilustra uma foto dele na companhia da esposa Terezinha de Jesus.
“Essas tatuagens são uma forma de homenageá-los; a foto, particularmente, mostra exatamente como eles eram. Gosto de pensar que, toda vez que alguém olha para mim, vê os dois comigo também”, destaca.

Saudosa, Maria Eduarda considera que o avô deixou para a família e todos que o conheciam um legado de felicidade. “Ele enxergava alegria nos detalhes e fazia tudo a que se propunha da forma mais incrível possível”, completa.
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*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto