7 de julho de 2025

Mais de um mil animais estão abandonados pelas ruas de Teresina, diz Zoonoses

Carlienne Carpaso

Editora
Publicado em 12/02/2024 22:35

Compartilhe:

Gato – Foto: TV Clube

O Centro de Controle de Zoonoses de Teresina aponta que a capital piauiense tem mais de 1 mil cães e gatos soltos pelas ruas, sem tutores e moradia fixa.

Um dos pontos com vários gatos abandonados à espera de um lar é na avenida Marechal Castelo Branco, que liga as zonas Sul e Norte.

São filhotes, gatos adultos, machos e fêmeas espalhados pela avenida, às margens do rio Poti. Casinhas improvisadas servem de abrigo.

“Nós temos bastante gatinhos abandonados pela avenida. Isso é crime”, diz Elcio Leite, gerente de Controle de Zooneses, que trabalha com a expectativa da Secretaria de Segurança Pública do Piauí instalar câmeras pela Marechal Castelo Branco para identificar quem deixa os animais. Uma reunião deverá ser marcada para tratar o assunto.

Por lei federal 9.605/98, abandonar animais é crime com pena de multa e prisão. A norma “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”.

“Gatil” no AMA – Foto: TV Clube

Na sede da Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA), no bairro Primavera, zona Norte, também começou a receber, desde o ano passado, a maior presença desses animais, muitos deles deixados no local por desconhecidos.

A instituição, com apoio dos voluntários, passou a cuidar temporariamente dos animais enquanto eles não são adotados. Agora, a meta é achar um lar aos gatinhos.

A advogada e socióloga Jahyra Sousa, voluntária no local, comenta que a construção de lugares apropriados para passagem temporária dos animais que buscam por adoção é o ideal em diferentes pontos da cidade.

Além do abrigo temporário, é necessário, diante dos amparos legais, castrar os animais para evitar a rápida procriação, em especial dos gatos.

Gato – Foto: TV Clube

O espaço na AMA foi construído por doações financeiras independentes. “São essas doações em separado que mantêm o ‘gatil’, que compram as rações, a areia. Cada um (dos voluntários) amadrinhou, apadrinhou um bichinho, e realizou a castração”.

Os voluntários da AMA ressaltam que o espaço não é abrigo acolhedor e a identificação das pessoas que abandonam os animais são repassadas às polícias Civil e Militar.  A presidente da AMA, Teresa Ramos, acrescenta que muitas famílias já estão adotando os animais.

Leia também: