Mayrla Torres, Renan Nunes e Ana Luiza/TV Clube
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Os brechós ou bazares são alternativas que fogem dos preços altos de lojas de departamento e conseguem, de forma consciente, ajudar o Meio Ambiente freando a produção de roupas em grande escala. Por isso, essas lojinhas estão cada vez mais conquistando espaço entre consumidores.

Em Teresina (PI), uma praça no bairro Parque Itararé, na zona sudeste, se transforma em um ponto de venda de roupas usadas que atraí muitos clientes. A feirinha existe há menos 10 anos e ajuda a movimentar a economia local.

A cultura do reaproveitamento de vestuário se popularizou em Teresina e conta atualmente com várias feirinhas itinerantes que promovem o uso sustentável das peças.

Essa prática é benéfica para o meio ambiente e para o fortalecimento da economia local, é o que explica Giovana Barriviera, analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae-PI).

“Os estabelecimentos são uma alternativa ao consumo de roupas novas e promove a economia circular, em que as peças usadas deixam de ser descartadas e passam a ter uma nova vida. Ao prolongar um ciclo de vida das roupas, os brechós reduzem o impacto da necessidade de produção de novas peças, o que diminui a pressão sobre os recursos naturais e os custos ambientais a produção de moda”, detalha a especialista.

Em 2021, o SEBRAE nacional pesquisou os hábitos dos brasileiros sobre qual destino dado a roupas de segunda mão: 38% responderam que no bazar fica mais fácil passar a roupa adiante. Já outros 34% disseram que precisavam liberar espaço no guarda-roupa e 29% afirmaram que vender roupa já usada contribui com a jornada sustentável da peça.

A dona Maria do Carmo é um dos exemplos de empreendedoras que trabalham na feirinha do Parque Itararé. Ela afirma que o brechó é sua fonte extra financeira. “Aqui eu faço um dinheirinho que ajuda a minha renda. Eu tenho o meu próprio ganho, mas aqui eu vou pagando alguma coisa, um boleto, uma conta”, frisa a vendedora.