27 de agosto de 2025

Motoristas e cobradores iniciam paralisação pontuais a partir desta sexta (9)

Mayrla Torres

Repórter
Publicado em 09/05/2025 09:51

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Os motoristas e cobradores do transporte público coletivo de Teresina (PI) iniciaram uma paralisação, na manhã desta sexta-feira (9). A categoria também pretende manter a paralisação no sábado (10). Os ônibus não devem sair nas primeiras viagens do dia.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), os ônibus permanecerão nas garagens durante as primeiras horas do dia.

A greve foi aprovada em assembleia-geral, realizada na última terça-feira (6). Segundo o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, a paralisação será por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão um reajuste salarial de 15%, além de R$ 900 em ticket alimentação e R$ 150 de auxílio saúde.

A paralisação pode agravar ainda mais a crise no sistema de transporte público da capital piauiense, que já enfrenta problemas como a redução da frota em circulação e atrasos em pagamentos.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que está aberto ao diálogo com os trabalhadores e reconhece os motivos que os levaram à paralisação das atividades. Leia a nota na íntegra no final da matéria. 

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito também se manifestou, através de nota, e informou que particpou de uma reunião no Ministério Público entre os trabalhadores e o Setut. Leia a nota na íntegra no final da matéria. 

NOTA SETUT

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que permanece aberto ao diálogo com os trabalhadores e reconhece a legitimidade das demandas apresentadas. Ressalta-se que não houve, em nenhum momento, recusa por parte das empresas em negociar ou participar de reuniões de mediação, sendo mantida uma postura colaborativa e de respeito às instâncias institucionais.

Importante destacar que, na última gestão, os trabalhadores do setor permaneceram sem convenção coletiva vigente, realidade que o setor patronal busca superar. Foi apresentada proposta de renovação da convenção coletiva por dois anos, com a garantia de manutenção de todos os benefícios sociais atualmente existentes e a previsão de negociação anual das cláusulas de natureza econômica, considerando a realidade do sistema e os desafios enfrentados.

O SETUT compreende que este é o primeiro ano de mandato da nova gestão municipal, que tem se deparado com uma situação administrativa complexa e demandante. Nesse contexto, é natural que haja um período de reorganização e estruturação, o qual exige responsabilidade e diálogo de todos os atores envolvidos. O Sindicato das Empresas reafirma sua disposição em atuar de forma construtiva, respeitando esse momento da administração pública e buscando, junto aos trabalhadores, soluções que garantam a continuidade dos serviços com equilíbrio e sustentabilidade.

Sobre a paralisação anunciada, o SETUT encaminhará ofício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) reiterando sua preocupação com os impactos da greve sobre a população, especialmente os usuários mais vulneráveis que dependem do transporte público. A entidade também está adotando todas as providências técnicas e legais para assegurar a manutenção mínima dos serviços essenciais.

Ressalta-se que uma greve neste momento, em um setor já fragilizado por sucessivas crises e queda de demanda, pode gerar ainda mais danos ao sistema de transporte público, visto que, a paralisação tende a provocar ainda mais perdas no número de passageiros transportados, o que compromete a sustentabilidade do sistema, podendo resultar na redução da frota em circulação e, infelizmente, na necessidade de demissões. Por isso, é fundamental que prevaleça o bom senso e o compromisso com o equilíbrio coletivo.

O SETUT reafirma seu compromisso com uma solução responsável, equilibrada e sustentável, que contemple os interesses dos trabalhadores, da população e a continuidade do sistema de transporte público de Teresina.

NOTA STRANS 

A Strans participou de uma reunião Ministério Público do Trabalho onde o Sintetro expôs as propostas ao Setut. O MPT vai avaliar o pedido da categoria e o Sindicato dos Empresários podem oferecer uma contra-proposta. Dependendo das negociações que ainda estão em vigor, havendo reflexo finaceiro, a Strans vai levar ao prefeito de Teresina para averiguar a possibilidade do reajuste. Porém, havendo a greve, a Strans garante, conforme a lei, que assegura aos serviços essenciais o funcionamento de forma reduzida.


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