28 de julho de 2025

Casal é preso suspeito de matar jovem acusado falsamente de estuprar enteado em Parnaíba

No decorrer das investigações do possível estupro, o homem foi encontrado morto.

Pedro Pires

Repórter
Publicado em 12/05/2025 15:41

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(Foto: Secretaria de Segurança Pública)

Um casal foi preso na quinta-feira (8) em Parnaíba, no litoral do Piauí, suspeito de envolvimento no homicídio de João Paulo da Silva Góes. O crime ocorreu em 29 de outubro de 2024. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi assassinada sob a suspeita de ter estuprado o enteado de um dos envolvidos. No entanto, as investigações comprovaram que João Paulo era inocente e que a violência sexual não aconteceu.

João Paulo da Silva Góes foi torturado e morto pelo chamado “tribunal do crime”. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado no dia 30 de outubro de 2024, em um matagal nas proximidades da Lagoa do Portinho, em Parnaíba, no litoral do Piauí.

Segundo o delegado Abimael Silva, em entrevista ao g1 Piauí, uma organização criminosa acreditava que João Paulo havia estuprado o enteado de um dos envolvidos e, como forma de punição, o condenou à morte. No entanto, as investigações comprovaram posteriormente que a acusação era falsa e que a violência sexual não aconteceu.

Ainda conforme o delegado, as investigações apontaram que João Paulo foi morto em uma boca de fumo e, em seguida, levado para outro lugar. Na época do crime, o irmão da vítima fez o reconhecimento do corpo e alertou para a possibilidade do crime ser vingança, porque João era suspeito de estuprar uma criança.

O delegado também informou que no final do mês de outubro, em 2024, a mãe da criança, que era enteado de João Paulo, buscou um hospital para atendimento da criança que apresentava uma lesão nas partes íntimas. Profissionais de saúde levantaram a possibilidade de se tratar de violência sexual.

No decorrer das investigações do possível estupro, o homem foi encontrado morto. Quando o laudo do exame do corpo de delito saiu, o resultado foi negativo para o crime, apontando que a lesão foi causada por outra causa.

A perícia criminal identificou presença de sangue no local investigado e confirmou o local onde o crime aconteceu. Além disso, exames de DNA identificaram o perfil genético da vítima em manchas de sangue encontradas no fundo da residência.

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