13 de junho de 2025

Ministro Alexandre de Moraes inicia interrogatório de Bolsonaro no STF

Moraes está conduzindo os interrogatórios dos oito réus acusados de compor o “núcleo crucial” da trama golpista.

Eduardo Amorim

Editor
Publicado há 3 dias

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou nesta terça-feira (10) o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro na ação penal que apura a suposta trama golpista.

Bolsonaro é um dos oito réus do núcleo 1 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa os envolvidos de planejar medidas inconstitucionais para reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a PGR, Bolsonaro tinha conhecimento da minuta golpista que previa a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros do STF e de outras autoridades.

As acusações foram corroboradas por depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em delação premiada.

Durante interrogatório realizado ontem (9), Cid afirmou a Moraes que Bolsonaro presenciou a apresentação do documento e sugeriu alterações no texto para que constasse apenas a possibilidade de prisão do próprio ministro Alexandre de Moraes.

Interrogatórios

Entre os dias 9 e 13 de junho, Alexandre de Moraes está conduzindo os interrogatórios dos oito réus acusados de compor o “núcleo crucial” da trama golpista.

Já foram ouvidos o delator Mauro Cid; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Ainda serão ouvidos Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro do governo Bolsonaro.

O interrogatório dos réus é uma das etapas finais da ação penal. A expectativa é que o julgamento que decidirá pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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