A fotógrafa Dayana Brasil, mãe de Alice Brasil Souza da Paz, se manifestou pela primeira vez nesta quinta-feira (7), durante uma coletiva de imprensa realizada na funerária Pax União. Ela relatou que, no dia do acidente, pretendia buscar os filhos mais cedo para que pudessem abrir os presentes de aniversário. Alice morreu um dia após completar quatro anos de idade.

Dayana contou que foi informada sobre o acidente por uma professora e tentou entrar em contato com outros funcionários da escola, mas não obteve retorno. Diante da situação, foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Satélite, mas não encontrou a filha no local. Só depois recebeu a informação de que a menina estava em uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel (UTI).

“Eles retiraram a minha filha da escola sem a minha autorização. A professora que me comunicou estava indo embora por acaso. Comecei a ligar para as outras professoras, mas ninguém atendia. Cheguei na UPA e fui informada de que ela não estava lá”, relatou.

A mãe disse ainda que viu a filha dentro da ambulância, ensanguentada e sem sinais de movimento, enquanto os profissionais tentavam reanimá-la, mas sem sucesso.

“A gente viu o que não queria ver. Eles tentando reanimar a Alice, ela toda suja de sangue, sem movimento nenhum. Dois minutos depois vieram dizer que não tinha mais o que fazer. Ver a nossa filha sem vida, banhada de sangue, com a boca toda roxa… foi a cena mais cruel que já vi na minha vida”, afirmou.

Segundo Dayana, os profissionais de saúde não permitiram que ela entrasse na ambulância e também não responderam às suas perguntas no momento, informando que apenas o médico poderia falar. O óbito foi confirmado instantes depois.

Falta de apoio da escola

A fotógrafa também relatou que não recebeu mensagens do colégio CEV após o ocorrido. Disse que foi procurada por um número desconhecido, supostamente do presidente da instituição, mas aguarda um posicionamento oficial.

“Quero saber como aconteceu, como tudo começou. Quero saber o que foi feito por ela na escola depois do acidente. Quero saber o que foi feito pelo meu filho, que presenciou tudo. Quero saber como ela saiu da escola. Tenho todo o direito de saber, porque ainda não sei. Ninguém procurou a gente para esclarecer os fatos. Estamos esperando esta resposta”, declarou.

Posicionamento do CEV

O Portal ClubeNews entrou em contato com o colégio CEV para esclarecimentos sobre o posicionamento da mãe, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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