A fuligem causada pelas queimadas no período do B-R-O-BRÓ tem preocupado moradores de Teresina. Além do calor intenso e do risco de incêndios, a fumaça e a poeira tomam conta de residências, dificultam a respiração e provocam problemas de saúde, principalmente em crianças e idosos.
No Vale do Gavião, zona Leste da capital, os efeitos são ainda mais visíveis. Mãe de duas crianças, de oito e sete anos, Valquirene Oliveira precisou levá-las ao médico por causa de crises respiratórias.
“Eles estão dando febre todas as noites, tossindo, e a gente não pode fazer nada com essas crianças. Vai numa UPA, passa o remédio e compra, e continua o mesmo. É fumaça, queimada e sem água também, prejudicando a saúde das crianças”, contou.

A região é cercada por morros onde o fogo atinge a vegetação. Parte dessas áreas pertence ao município e outra a particulares, mas moradores reclamam da falta de fiscalização. “Esse período o Vale do Gavião se torna Vale do Fogo, Vale da Fumaça, e isso tem causado transtorno na população da nossa região”, disse o líder comunitário Antonio Carlos.
Dentro dos apartamentos, a fuligem se espalha pelos móveis e pisos. Mesmo com limpeza constante, os moradores não conseguem conter o acúmulo.
“O apartamento fica tomado totalmente, os móveis cheios de poeira, insuportável. Tanto para criança, para idoso, porque fica aquela concentração de poeira e nós não temos nem o que fazer. Se ficamos dentro, sentimos mal; se viemos para fora, a concentração de poeira é maior”, relatou a cuidadora Jaqueline Silva.
Riscos à saúde
De acordo com pneumologistas, a fuligem e a fumaça podem agravar problemas respiratórios e aumentar o risco de complicações. Crianças, idosos e pessoas com comorbidades são os mais vulneráveis.
Os especialistas recomendam evitar a exposição direta à poluição, manter os ambientes limpos e arejados sempre que possível e se hidratar com frequência.
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