Mais de 1.669 pessoas estão sendo monitoradas por tornozeleiras eletrônicas no Piauí. O sistema, criado para evitar o encarceramento e reduzir custos, ainda enfrenta diversos desafios.
Segundo Rayana Moura, gerente da Central de Monitoramento da Secretaria de Justiça do Piauí (SEJUS), quando um monitorado viola alguma regra e isso é detectado pelo policial penal, o agente entra em contato com a pessoa para verificar o que está acontecendo. O juiz responsável também é informado sobre o descumprimento.

Atualmente, o Estado monitora 35 botões do pânico, utilizados em casos de violência doméstica. A proposta é oferecer proteção, mas, na prática, a eficácia depende de fatores que o dispositivo não controla, como a rapidez da resposta policial e o alcance do sinal.As tornozeleiras eletrônicas foram implantadas no Brasil em 2010 como alternativa ao encarceramento.
Marcos Avelino, presidente do Sindicato dos Policiais Federais, afirmou que a tornozeleira eletrônica não impede crimes, pois o comportamento é determinado pela índole e pelas escolhas pessoais. Segundo ele, quem retorna ao mesmo ambiente hostil em que viveu tende a continuar agindo da mesma forma.
“Que eficácia a gente ver, muitos estão com essa tornozeleira praticando crimes, porque não é esse instrumento que vai evitar, é a índole e a opção de vida que se tem. Essa pessoa ela sai e volta para o mesmo ambiente que lhe originou. E um ambiente hostil, então ele vai continuar agindo da mesma forma porque foi isso que ele parendeu a vida toda”, relatou Marcos Avelino.

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