O réu Eduardo Alves da Luz, de 45 anos, está sendo julgado pelo Tribunal do Júri, nesta terça-feira (18) por tentativa de feminicídio contra a ex-companheira, Joana D’Ark de Alencar, que foi esfaqueada oito vezes na avenida principal do Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Imagens de uma câmera de segurança registraram o crime, que aconteceu em dezembro de 2023.

De acordo com o processo do caso, obtido pelo Portal ClubeNews, a vítima e o acusado mantiveram um relacionamento de apenas seis meses e estavam separados há 22 dias. No dia do crime a vítima estava sentada na calçada em frente ao seu local de trabalho e, enquanto aguardava o estabelecimento abrir foi atacada com vários golpes de faca. O acusado fugiu do local logo em seguida.
“Eduardo tinha o intuito de levar a vítima a óbito, visto que somente não consumou seus intentos criminosos por razões alheias às suas vontades, haja vista a vítima mesmo ferida ter sido rapidamente socorrida e levada à Unidade de Pronto Atendimento e, em seguida, ao Hospital de Urgência de Teresina”, diz trecho do documento.
A defesa do acusado ingressou com a desclassificação do crime como homicídio qualificado tentado e que o caso seja tratado como lesão corporal leve, para diminuir a pena. Maria Zilnar Coutinho Leal é a juíza responsável pelo caso, que está sendo julgado na 3ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.
A vítima foi encaminhada ao hospital do Promorar e transferida ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não correu risco de morte. Durante o julgamento, a mãe da mulher, Eva Alencar, ressaltou que os familiares temem que o réu seja solto e pontuou que Eduardo destruiu a família.
“Vivemos todos os dias com medo dele ser solto. Como é que uma pessoa do nada destrói uma família desse jeito, me diz?” questionou.
Relacionamento abusivo
Na época da tentativa de homicídio, a filha de Joana, que preferiu não se identificar, contou à TV Clube que o casal estava junto há 7 meses, mas havia terminado recentemente.
Ela contou que a mãe vivia relacionamento abusivo com Eduardo; inclusive, já presenciou a mãe sendo agredida por ele. A mãe teria, inclusive, já registrado um boletim de ocorrência contra o agressor.
Segundo a investigação, o homem proibiu Joana de ter um celular. A prima da vítima, Lorene Alencar, relatou que a vítima sempre foi alegre, mas que passou a se isolar ao iniciar a relação amorosa com o ex-companheiro. Ela disse ainda que após o término definitivo do namoro, Eduardo começou a passar em frente à loja onde Joana trabalhava.
“A gente só quer justiça. Ele não foi por impulso. Ele tentou matar ela. Foi uma tentativa de feminicídio. A nossa família é muito unida e sofremos muito na época e hoje. Não desejo para ninguém”, disse Lorene.
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