23 de novembro de 2025

Audiência do caso Tatiana Medeiros inicia segunda-feira (24) com reforço policial e restrição de público

A vereadora está presa desde o dia 3 de abril e é investigada no âmbito da operação Escudo Eleitoral.
Atualizado há 3 horas

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Tatiana Medeiros (Foto: arquivo pessoal)

A audiência de instrução e julgamento do processo que envolve a vereadora de Teresina (PI), Tatiana Medeiros (PSB), inicia na segunda-feira (24) e se estende até a sexta-feira (28). A Justiça Eleitoral solicitou o reforço na segurança e a presença de público foi vetada.

Serão ouvidas 112 pessoas, entre testemunhas apresentadas pela defesa e acusação, além dos interrogatórios dos denunciados. O local escolhido para a audiência foi o Fórum Eleitoral de Teresina, sob condução da 98ª Zona Eleitoral, na Avenida Marechal Castelo Branco, zona Sul da cidade.

A vereadora Tatiana Medeiros e mais oito pessoas foram denunciadas por crime eleitoral, organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e eventual ligação com facções criminosas.

A projeção é que sejam ouvidas 20 pessoas por dia. O acesso da imprensa ao local também foi reduzido. “É vedada a aproximação a juízes, partes, testemunhas e servidores sem prévia autorização”, informou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI).

Instrução e julgamento

Na fase da audiência de instrução e julgamento, são produzidas as provas e ouvidas as partes envolvidas antes da decisão do juiz. É o momento em que se colhem as provas orais, como depoimentos das partes e testemunhas, com o objetivo de esclarecer os fatos alegados.

Após a fase de instrução, o juiz pode ouvir as alegações finais das partes – oralmente ou por escrito – e, em seguida, proferir a sentença.

Prisão

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa pela Polícia Federal, no dia 3 de abril, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Atualmente, a parlamentar cumpre prisão domiciliar desde o dia 3 de maio, com o uso de tornozeleira eletrônica.

A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre vereadora eleita na capital piauiense e “expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado”.

Segundo a Polícia Federal, há indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.

Além das medidas judiciais, o Juízo Eleitoral determinou a suspensão das atividades da organização não governamental (ONG) “Vamos Juntos”, mantida pela vereadora.

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