Vivemos em uma sociedade altamente competitiva e muitas são as exigências: ter um desempenho profissional maravilhoso, ter organização financeira, ser produtivo, ter bons relacionamentos e em meio a tudo isso como ficam as nossas emoções?
Primeiro, vamos conceituar emoção que é a reação a um estímulo. Ela pode ser física e emocional e pode ser sentida de diferentes formas pelas pessoas diante de um mesmo acontecimento.
Uma das teses mais conhecidas diz que temos oito emoções básicas: raiva, medo, alegria, confiança, tristeza, aversão, surpresa e antecipação. Mas muitas outras podem existir e serem vivenciadas ao mesmo tempo.
A questão é que se você não souber gerenciar as suas emoções, todos os seus diplomas, esforço para ser produtivo, para ser líder e para ter relações saudáveis uma hora não se sustentam. Porque comportamentos tornam-se hábitos e histórias. Quem não sabe gerenciar suas emoções pode estar destruindo características saudáveis da sua personalidade, afasta as pessoas e as oportunidades.
A área da ciência que estuda como administrar as emoções é a inteligência emocional. Durante muito tempo o sucesso de uma pessoa ou a probabilidade de sucesso foi associada ao quociente de inteligência; capacidade de raciocínio lógico, matemático e de interpretação, o Q.I. Mas na década de 60 estudos começaram a avaliar o que fazia uma pessoa ter sucesso, aqui avaliado como a capacidade de ter relacionamentos estáveis, um emprego, viver sem depender financeiramente de outro, não ter vícios em drogas, jogos, bebidas, um ser com papel atuante e não dependente dentro da sociedade.
Em mais de 20 anos de pesquisas acompanhando centenas de crianças até a fase adulta, os estudos detectaram que as pessoas de sucesso não eram necessariamente as que tinham as melhores notas nos testes de Q.I e aí surgem novas variáveis a serem avaliadas; as habilidades sociais e emocionais, habilidades em conviver com outras pessoas, grau de empatia, de reconhecer os próprios limites, de resiliência, de negociação, de doação, de comunicação. Por isso, nem sempre o melhor da turma é aquele que vai ter mais sucesso. Você já conheceu alguma história assim para contar? Tenho certeza que sim.
Então, o mundo se voltou para a inteligência emocional e descobriu que você pode até ter um excelente currículo e mesmo assim não ter sucesso. Mudamos da era da educação para a era da gestão da emoção.
Estar atento às suas emoções é uma das maiores vantagens competitivas do mercado; é o que faz você permanecer sendo você em momentos de crises, e mais importante, a suportar esses momentos. São as suas emoções que te ajudam a construir relações saudáveis, a saber valorizar o eu e o outro, a perdoar e doar.
A falência emocional é detectada quando você tem dificuldade para tomar a iniciativa, dificuldade em agradecer, uma necessidade constante de reclamar, de estar sempre certo, de ser o centro das atenções, de querer tudo rápido e pronto.
Para reverter essa situação é preciso aprender a manter o foco no que é saudável; colocar-se no lugar do outro, pensar antes de reagir, reinventar-se em momentos de crise e ser generoso.
Entenda, ser a eterna vítima das suas feridas não vai resolver os problemas, por mais simples que eles sejam. Uma mente saudável existe quando você decide ser o autor da sua própria história.