
Jonas Carvalho*
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O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), rebateu as críticas do secretário de Finanças e vice-prefeito, Robert Rios (PSB), que, durante entrevista à imprensa nessa quinta-feira (09), disse que o município não teve concurso público para a contratação de servidores nas gestões comandadas pelo PSDB.
“Pela Fundação de Saúde passaram os donos de Teresina por 30 anos. 80% dos médicos da Fundação não são concursados, são escolhidos a dedo, são apadrinhados políticos. Só 20% são concursados e nós vamos inverter essa equação. O concurso dá independência, dignidade, altivez e segurança. Não fizeram concurso para deixar várias categorias dependentes. Em 30 anos não fizeram concurso em Teresina”, disparou Robert Rios.
Nesta sexta-feira (10), Sílvio Mendes discordou do vice-prefeito, lembrando que não se sentia “dono de Teresina” e que o município possui, atualmente, 14.673 servidores efetivos. Já a Fundação Municipal de Saúde compõe um total de 11.289 servidores, sendo 8.692 estatutários.
“Os demais são cargos em comissão, vagas não preenchidas pelos concursos, principalmente de médicos e autorizados pelo Ministério Público para dobrar plantões, por exemplo, e pessoal da limpeza, porque muitos concursados tinham nível superior e queriam outras funções não permitidas. Nunca nos sentimos ‘donos de Teresina’, como afirmado. Porque sempre respeitamos a cidade e ao princípio do acesso por concurso público”, explicou Sílvio Mendes.
O ex-prefeito também criticou a proposta da Prefeitura Municipal de Teresina em dividir a Fundação Municipal de Saúde. Para ele, o projeto pode gerar mais custos à folha de pagamento do Executivo.
“Outro equívoco é dividir a FMS, porque aumenta as despesas nas atividades meios e sua missão são as atividades fins, atendendo a população. Só no HUT são mais de 2.500 servidores. Quem extinguiu a Secretaria de Saúde de Teresina fui eu, na gestão Wall Ferraz, por pensar assim. E deu certo”, lembrou.
Sob supervisão da jornalista Lucy Brandão