
Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
Após uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22), trabalhadores e empresários do transporte coletivo de Teresina assinaram um acordo definindo que o salário dos profissionais seria pago quinzenalmente, encerrando o impasse que perdurava desde a semana passada. O encontro foi mediado pela desembargadora Liana Chaib e aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (25).
A reunião contou também com representantes da prefeitura da capital, que definiram com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut) que o repasse financeiro à entidade será feito a cada dia 4 de cada mês.
Depois de um longo período de greve que acabou em abril, o sistema de transporte coletivo de Teresina enfrentou um novo impasse. Na terça-feira (24), 40 ônibus não saíram da garagem porque trabalhadores do Consórcio Theresina estariam com carteira de trabalho irregular. Na quarta-feira (25), 15 ônibus não saíram pela manhã alegando o mesmo problema.
Em nota, o Setut afirmou que o repasse feito pela Prefeitura de Teresina na última sexta-feira (20) aos 4 consórcios, eram referentes ao acordo pactuado no mês passado, e que a gestão municipal deve repassar R$ 850 mil mensais, até o dia 4 de cada mês, para as empresas poderem pagar os salários dos seus colaboradores. “Esse repasse feito na sexta-feira passada referiu ao mês de abril/22, o qual deveria ter sido feito até o dia 04/5/22. Infelizmente, pela segunda vez consecutiva, foi repassado com atraso. A convenção coletiva de trabalho assinada para 2022, inclusive pelo presidente do Sintetro, não estabelece a obrigação das empresas fazerem adiantamento salarial. Os diretores do Sintetro estão exigindo condição não acordada, ou seja, sem nenhuma obrigação por parte das empresas”, diz a nota do Setut.
Já a Prefeitura de Teresina informa que “não deve nada ao Setut”. Em entrevista à TV Clube, nesta quarta (25), o
secretário de governo, André Lopes, afirmou que o pagamento referente a abril foi realizado no dia 20. Ele também disse que era “uma questão muito pequena e falta de compromisso dos empresários com o transporte público todo o impasse gerado nas duas últimas semanas”.
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