“Entre a cruz e a espada”, diz Hugo Napoleão sobre apoio ao Governo do Piauí

O ex-governador ainda não decidiu se vai apoiar Sílvio Mendes ou Rafael Fonteles nas eleições

Hugo Napoleão (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

Afastado da política há sete anos após cumprir o último mandato como deputado federal, Hugo Napoleão ainda não decidiu quem irá apoiar para o Governo do Piauí. Em entrevista à rádio ClubeNews, nesta terça-feira (23), Napoleão distribuiu elogios aos candidatos Sílvio Mendes (União Brasil) e Rafael Fonteles (PT). Para ele, a situação é estar “entre a cruz e a espada”.

Hugo Napoleão foi governador do Piauí por dois mandatos, senador da República e deputado federal. Atualmente, mora em Brasília, onde exerce a profissão de advogado, e está filiado ao PSD – um dos principais partidos da base aliada a Fonteles. A boa relação com os dois candidatos põe em dúvida sobre quem receberá o seu apoio nas eleições de outubro.

“O Rafael [Fonteles] é uma pessoa extremamente afável, simpático, tem qualidades. Foi um eficiente secretário de Fazenda, do governador Wellington Dias, e tem méritos indiscutíveis, como os têm Sílvio Mendes também. Ele foi muito eficiente prefeito de Teresina nas área dos hospitais, construção. Minha situação é essa: estou entre a cruz e a espada”, disse.

Relação de fé

Sílvio Mendes e Hugo Napoleão dividiram o palanque em 2010, na corrida ao Palácio de Karnak. Na época, Mendes concorreu ao Executivo e contou com o apoio do ex-governador, o que promoveu maior aproximação entre os dois.

“Tenho uma grande afeição pelo Sílvio porque ele me trata de uma maneira bonita. Ele sabe que sou um homem religioso, e ele viu o quanto eu faço as minhas preces e orações. Ele me deu um livro de santos, com uma bonita dedicatória. Enfim, em verdade, ele é um homem de fé, com indiscutíveis méritos e competências para administrar o estado do Piauí. O evidentemente, como diz o francês, entre os dois, meu coração balança”, destacou.

Opção por Bolsonaro

Em relação à política nacional, o ex-governador disse tender à candidatura do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). O que pesou na decisão, segundo ele, foi o Governo Dilma Rousseff (PT), que julgou como “nefasto às instituições brasileiras”.

“Temos uma dicotomia de direita e esquerda. Bolsonaro a meu gosto, terminarei acompanhando se isso permanecer. Mas é muito conservador direitista, o que nós costumamos chamar de reacionário. É um homem de extrema direita e o Lula à esquerda. Eu sou um homem de centro, porque eu sou um liberal, defensor das ideias do antigo PFL, que defende o pluralismo de ideias. Eu divirjo, mas respeito o PT profundamente. Lula tem suas qualidades, não negarei. Mas o desgoverno da Dilma foi nefasto para as instituições brasileiras. Então, eu faria essa opção por Bolsonaro”, arrematou.

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