Na quarta-feira (26), a Justiça decidiu pela soltura dos pais de Weslley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, suspeitos de participarem do homicídio do bebê, durante um ritual no Piauí.  O corpo da criança está desaparecido desde dezembro de 2021.   Não há detalhes do que levou a soltura dos pais.

No início desta semana, na segunda (24), o advogado Smailly Carvalho comunicou a soltura dos avós do bebê, que também estavam presos suspeitos de participarem da morte de Weslley.

Sobre os avós, o advogado explicou que a decisão judicial aconteceu com base na inexistência de materialidade do crime e autoria por parte dos avós. Em agosto, as duas tias e um tio também foram soltos.

“Não há provas do crime de homicídio, essa versão foi dada pela Polícia Civil. A mãe apresentou várias versões do fato, mas nenhuma foi comprovada. Por isso, solicitamos os exames de sanidade mental dela e do marido”, disse o advogado.

Segundo o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada, durante a investigação a família deu diversos depoimentos. Um deles era de que o filho teria sido sequestrado.

Depoimentos

A primeira versão apresentada foi que o bebê teria sido sequestrado no Centro de Teresina em 29 de dezembro de 2021. A mãe contou que dois homens armados a abordaram na Praça da Bandeira, no Centro, e levaram a criança. Uma tia da criança registrou um boletim de ocorrência apenas em fevereiro deste ano, na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).

Essa primeira hipótese foi descartada pela polícia que, em seguida, pediu a prisão dos pais e dos avós paternos do bebê devido às irregularidades nos depoimentos deles.

Uma segunda versão, contada pela mãe de Wesley, é de que o menino teria caído em um poço no local onde os pais moravam, no município de

A avó materna da criança contou que a filha (mãe do bebê) foi obrigada pelos sogros a mentir sobre o desaparecimento da criança. Ângela contou que o filho morreu nos seus braços, quando ela estava participando de um ritual na casa dos sogros. Todos os participantes, inclusive o bebê, estavam há duas semanas sem se alimentar.

Em depoimento, o pai confessou que a criança morreu durante um ritual e teve que cremar o próprio filho, logo após o bebê desmaiar nos braços da mãe, porque estava há duas semanas sem se alimentar. As equipes estiveram na casa onde a família morava no Povoado São Bento, zona rural de Altos.

Prisões

O pai e a mãe da criança estavam presos desde fevereiro de 2022. Além deles, mais cinco pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Dois dos suspeitos eram os avós paternos, que tiveram liberdade concedida pela Justiça nesta segunda-feira (24). Antes disso, em agosto, as duas tias e um tio foram soltos.

Ao todo, 11 pessoas foram presas na morte do bebê Wesley. Quatro menores foram apreendidos suspeitos de participação no crime, mas também foram colocados em liberdade.

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