Final de ano chegando e com ele chegam também chegam as festividades. Durante esse período é muito comum ter um aumento nos gastos, principalmente com a compra de presentes, mas é necessário estar vigilante em como manter as contas em dia com tantos gastos extras e com a alta nos preços.
Para Mário Augusto Teles, economista e especialista em gestão estratégica, o 13º salário chega para somar no orçamento, porém, mesmo com ele, é preciso estar atento com o dinheiro que será utilizado.
“É um momento que se deve ter muita cautela. O 13º chega, mas existem muitas ocasiões para gastos. É preciso ficar realmente de olho no orçamento, uma vez que tem já as despesas com o natal, ano novo, e depois disso vem as escolas, o material escolar também está na relação, então é muito bom ficar atento e verificar realmente se você precisa comprar”.
Além dos gastos com as comemorações já esperadas, 2022 também chega com outra surpresa: a Copa do Mundo. Nas ruas já é possível ver os enfeites e pinturas, bem como as promoções encontradas nas lojas.
“Essa tentação da copa já começou há um tempo. As TVs estão no mercado, as pessoas querem trocar o aparelho para assistir com uma boa imagem, mas é necessário avaliar o que você tem pela frente, inclusive os gastos já realizados se houver, para avaliar o uso do 13º e aliviar as contas, em vez de se estimular muito para gastar”, analisa o economista.
Cuidado com as promoções
Segundo Teles, o consumidor pode se sentir ainda mais tentado a realizar compras por conta do alto número de promoções. As “pequenas prestações” podem enganar e causar um prejuízo no futuro.
“O problema está justamente nas ‘suaves prestações’, que faz a pessoa pensar que lá na frente isso não vai impactar no orçamento, sem deixar de considerar as altas taxas de juros dos cartões de crédito. Nem pensar em prorrogar o pagamento das parcelas de cartões de crédito!”, reforça.
O economista ressalta que o famoso Black Friday também deve ser visto com um olhar de alerta. O período promove uma série de descontos em produtos de diversas lojas do Brasil e do mundo.
A tradição, iniciada nos Estados Unidos, marca o início do período de compras de fim de ano, destinando as vendas a pessoas que buscam oportunidades de descontos e aproveitada por comerciantes para alavancarem as vendas, possibilitar a renovação de estoque.
“A facilidade para comprar é muito grande. Nós importamos a Black Friday dos Estados Unidos e virou moda aqui no Brasil. É muito bom ter cuidado com isso, mais uma vez alertando, com relação ao orçamento, é preciso ter tudo na ponta do lápis para ver se realmente precisa comprar ou se dá, por exemplo, para assistir aos jogos na casa de um amigo, fazer uma dobradinha para evitar entrar em uma ciranda financeira”, alerta.
Projeções de aumento e imprevistos
Como o país irá passar por uma mudança no governo, o economista também analisa que isso irá impactar no bolso dos consumidores. É necessário ter um trocado reserva para algo que possa surgir.
“Outra coisa que é importante avaliar: nós estamos em uma mudança de governo e a gente não sabe o que vem no que diz respeito ao critério economia. Então é preciso se preparar, ser precavido e ficar com um colchão financeiro para responder por algum imprevisto que possa acontecer futuramente”.
Os preços com previsão de aumento podem indicar que haverá futuramente gastos maiores com coisas comuns utilizadas diariamente. O lazer é importante principalmente nesse momento de reunir a família, mas é importante saber utilizar o dinheiro com prudência e cuidado.
“Temos que fazer uma avaliação do próprio cenário atual, estamos começando a ver gasolina aumentando, preço dos produtos no supermercado nas alturas. Não sabemos os impactos desses aumentos que virão até o final do ano, até a mudança de governo. Primeiro é preciso avaliar quais são as despesas e o que tem para receber. Todo mundo precisa viver e se divertir, o que resta é tentar comprometer apenas um percentual desse 13º e deixa o restante guardado para emergências”, finaliza
