O deputado estadual João Mádison (MDB) disse que a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) pode resultar em um saldo negativo para a base aliada ao governador eleito, Rafael Fonteles (PT), diante do acirramento político entre membros do PT e MDB pela cadeira mais alta do Legislativo Piauiense.

Mádison defendeu o consenso entre os parlamentares dos dois partidos, visando a união política para 2023. Não havendo entendimento entre as legendas, a previsão do deputado é que a situação possa provocar divergências no grupo de aliados.

“Se não tivermos essa boa vontade, nós vamos bater chapa e vamos ver quem vai ganhar democraticamente. Isso é ruim para o governo, porque pode haver, no futuro, uma certa desunião. Porque o governo já pode começar com problemas na sua base. O bom é que nós tivéssemos essa união”, disse.

Atualmente, o MDB detém a presidência da Casa, com o deputado estadual Themístocles Filho – eleito vice-governador do Piauí. Para concorrer à sucessão do atual presidente, os parlamentares escolheram o deputado Severo Eulálio. Pelo PT, quem vai liderar a disputa será o deputado Franzé Silva.

João Mádison lembrou que o MDB sempre esteve ao lado do PT, ajudando o partido a eleger nomes a cargos importantes. Assim, na avaliação do deputado, retribuir o apoio seria um gesto de reconhecimento ao partido.

“O bom é que nós pudéssemos ter um acordo. Eu sempre gosto de dizer que na democracia tem que repartir o pão. Nós elegemos um governador do PT, um senador da República, elegemos a conselheira Flora Izabel, que também é do PT. Então, eu acho que o PT deveria também dar uma oportunidade ao nosso pré-candidato, Severo Eulálio”, enfatizou.

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