
Duas pessoas foram presas pela Polícia Federal nas cidades de Teresina, no Piauí, e São José dos Pinhais, no Paraná, suspeitas de fazerem parte de esquemas criminosos contra o Sistema Financeiro Nacional e de promover pirâmide financeira (Esquema Ponzi) em diversas cidades do Estado do Piauí e do Maranhão.
O inquérito policial foi instaurado neste ano e apurou que o grupo arrecadou das centenas de vítimas espalhadas pelas cidades de Floriano-PI, Picos-PI, São Luis-MA e Maceió-AL o montante que ultrapassa R$ 60 milhões.
Os investigados se apresentavam como “Traders” para tomar economias de vítimas/investidores, com o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.
A ação, fruto de dois mandados de prisão preventiva, foi denominada como Operação “Stop Loss”, expressão conhecida no meio de investimentos que representa “parar a perda”.
PROMESSAS
As investigações, segundo a PF, mostraram a captação de recursos de clientes (vítimas) por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido, para serem supostamente aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado.
Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM e sem qualquer lastro ou garantia suficientes.
Além das prisões, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano/PI.
A PF informa que até o momento, os valores disponibilizados pelas vítimas/investidores para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões, depositados em contas da empresa de fachada ou nas contas pessoais de membros da associação, além de familiares e amigos dos investigados.
Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.
Stop Loss
De acordo com a PF: o nome da operação é uma referência ao mecanismo de proteção que pode ser utilizado para impedir a desvalorização antes que o preço de uma ação ou ativo semelhante continue a cair. Com isso, quando as aplicações atingirem o limite de perda programado pelo investidor, uma ordem de venda é enviada automaticamente.
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