27 de julho de 2025

Cuidado! Pechinchar pode ser um ato abusivo

Emanuel Pereira

Publicado em 12/02/2023 13:00

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Centro de Teresina (Foto: Reprodução/Arquivo)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

O hábito de pechinchar é comum entre consumidores que pretendem economizar ao fazer compras, especialmente quando os preços nas prateleiras não estão atrativos. Muitos comerciantes, com receio de perder a clientela, cedem aos pedidos de desconto e geram prejuízos ao faturamento.

Empreendedores que trabalham sob encomenda estão entre os mais suscetíveis aos pechincheiros. A confeiteira Cibele Macedo atende clientes em Teresina e Timon (MA) já passou por dissabores.

A profissional relata que se arrepende de ter oferecido descontos. Ela percebeu o quanto o hábito de pechinchar pode ser nocivo aos comerciantes.

“Essa cliente pediu desconto em um bolo e eu acabei cedendo ao pedido. Dois dias depois, ela me encomendou outro produto. Eu dei desconto e não cobrei a entrega, que seria na zona Norte de Teresina. Porém, ela entrou em contato e pediu para deixar na residência dela, que fica na zona Sul da cidade. Quando cheguei lá com os dois bolos, ela me diz que um deles era para entregar na zona Norte. Eu respirei fundo para não me estressar. O resultado disso é que tive um prejuízo grande pelos descontos, por não cobrar entrega e pelo combustível que gastei”, disse.

Para saber como evitar situações como esta, o Portal ClubeNews conversou com o consultor empresarial Stenyo Guimarães, que destacou o quanto a prática de pechinchar e prejudicial aos empreendedores.

Stenyo Guimarães é MBA em Gestão Empresarial e Marketing (Foto: Arquivo Pessoal)

PECHINCHAR PODE CAUSAR PREJUÍZOS

Questionado sobre quando o ato de pechinchar se transforma em uma prática abusiva, o consultor destaca que o cliente não tem consciência de que isso pode causar prejuízos. Neste caso, uma alternativa é explicar sobre o funcionamento da empresa.

“O empreendedor pode fazer uma espécie de prestação de contas, abrir os custos de funcionamento, pois o cliente nunca sabe quando está sendo abusivo e sempre vai tentar tirar vantagem”, afirmou.

Além disso, ele salienta que qualquer hábito é abusivo quando o comerciante aceita a barganha.

“A pessoa sempre vai chorar, pedir desconto e dizer que só compra se der desconto, mas isso é só um jogo. É inútil se sacrificar para satisfazer apenas um lado”, pontuou.

COMO EVITAR?

O primeiro passo para evitar prejuízos é valorizar o próprio trabalho. Somente o empreendedor tem conhecimento do fez para chegar até o produto final.

Não é incorreto ceder algum desconto à clientela, desde que seja feito de maneira planejada.

“É necessário buscar conhecimento e entender que produtos personalizados passam por variação de preço. Por isso, o desconto deve ter uma margem saudável, pois não adianta vender e ficar no prejuízo”, frisou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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