28 de julho de 2025

“Empreender é um ato de coragem”, declara confeiteira sobre incentivos do poder público

Emanuel Pereira

Publicado em 22/02/2023 10:00

Compartilhe:

Nacime Gonçalves trabalha há 4 anos como confeiteira (Foto: Arquivo pessoal/@emporiodakime)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

Muitas mulheres deram início ao próprio negócio por necessidade ou porque querem estar mais próximas da família. Nesta experiência, a maioria delas já percebeu insuficiência do poder público em fomentar empreendedorismo feminino.

Basta olhar as redes sociais para notar o grande número de empreendedoras que trabalham no próprio lar. A Nacime Gonçalves é uma delas. Confeiteira há quatro anos em Teresina, ela produz bolos e doces em casa e divulga em seus perfis.

Desde o ano passado, Nacime se tornou Microempreendedora Individual (MEI) e não demostra nenhuma satisfação com o poder público. Segundo a profissional autônoma, seu negócio é gerenciado somente pela sua força de vontade.

“Sou MEI, pago a contribuição todos os meses, mas nunca me procuraram para oferecer nada. Fui atrás de tudo com o meu esposo. Sigo adiante porque a necessidade bate à porta”, disse.

Priscilla de Sá (Foto: Arquivo pessoal)

A palestrante e mentora de mulheres Priscilla de Sá explica que instituições de fomento ao empreendedorismo oferecem capacitação gratuita presencial e online, mas o poder público não desenvolve políticas públicas para facilitar linhas de crédito

“É excelente ter cursos de capacitação, mas também é necessário ter dinheiro para investir. Mulheres empreendedoras precisam de crédito facilitado e ajuda para conseguir a formalização do negócio. Por isso, o Brasil tem um longo caminho pela frente para viabilizar o empreendedorismo feminino”, declarou.

Nacime reforça que, enquanto não houver incentivos e benefícios fiscais às mulheres de negócios, empreender será uma necessidade, não uma escolha.

“Empreender no Brasil é um ato de coragem, porque não recebemos quase nenhum apoio do poder público. Empreendemos porque é preciso e pelo amor ao nosso trabalho”, pontuou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

  Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram

Leia também: