Uma atitude solidária realizada na noite desta quinta-feira (23) pelo vendedor ambulante David Araújo, de 37 anos, teve grande repercussão nas redes sociais. O trabalhador foi até o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, litoral do Piauí, para distribuir brinquedos às crianças e cerca de duzentos cachorros-quentes aos pacientes e funcionários da unidade de saúde.
O Portal ClubeNews entrou em contato para conhecer a história e entender quais motivos levaram o vendedor a praticar esta ação. David já promove campanhas solidárias há mais de uma década, mas somente agora alcançou reconhecimento pelas boas ações.

REPERCUSSÃO
David trabalha com vendas de cachorros-quentes desde 2012. Ao ser questionado sobre a atitude solidária, ele demonstrou surpresa com tamanha repercussão, visto que promove ações como esta há cerca de 12 anos.
Neste carnaval, o trabalhador afirma que realizou uma campanha para doação de sangue.
“Nessa ação, quem doasse sangue ganhava um cachorro-quente, um refrigerante e um pirulito, bastava me apresentar o comprovante. Fiz tudo isso para ajudar o próximo”, disse.
O vendedor também destaca que nada é feito com interesse de promover seu trabalho. Durante todos esses anos, sua dedicação para ajudar as pessoas nunca foi tão reconhecida.
“Tudo o que eu ganho em troca é a gratidão dessas pessoas e isso já me basta. Até divulgarem essa ação no HEDA, eu nunca tive o reconhecimento de ninguém e, mesmo assim, não deixei de promover a solidariedade”, ressaltou.
A AÇÃO FOI PLANEJADA
Assim como todas as suas atitudes solidárias, a distribuição de cachorros-quentes no hospital exigiu planejamento e organização.
David visitou o local na última quarta-feira (21), para saber quantas pessoas estavam internadas no HEDA.
“Eu tinha de saber a quantidade certa de pães que deveria levar, para que todos pudessem comer. Se eu não tivesse feito uma pesquisa antes, poderia levar um número menor de cachorros-quentes e muitos ficariam sem se alimentar”, frisou.
Além da comida, o vendedor também doou brinquedos às crianças.
“Um amigo que vende produtos importados soube o que eu planejava fazer e resolveu ajudar. Ele pediu para eu passar na loja e pegar alguns brinquedos para complementar a ação”, pontuou.
MOTIVAÇÃO
David relembrou as dificuldades que superou ao longo da vida. De família humilde, ele conta que passou necessidades e já morou em casa de taipa.
Segundo o vendedor, ter enfrentado estes percalços serviu como motivação para ajudar o próximo.
“Não é preciso ter muito para ser solidário. Muitos possuem alto poder aquisitivo e poderiam ajudar as pessoas, mas não fazem isso. Ser solidário não depende de dinheiro, pois é algo que está no coração de cada um”, finalizou.
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