Corpo encontrado carbonizado não é do estudante Lucas; IML busca identificação

O chefe do IML afirma que apesar de não ser o jovem, o corpo ainda precisa ser identificado

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com

O corpo carbonizado encontrado no assentamento Emiliano Batata, próximo ao rodoanel, na zona Sudeste de Teresina,  não é do estudante Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos. O corpo passou por testes genéticos pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Agora, o IML busca informações para ajudar na identificação do corpo.

A verificação de DNA foi um pedido da família de Lucas, que foi visto pela última vez na madrugada do dia 24 de abril de 2022. Neste dia, de acordo com a namorada do jovem, ele teria pulado da ponte Juscelino Kubitschek, sobre o rio Poti.

O corpo carbonizado foi encontrado na manhã do dia 30 de abril. No local, os policiais encontraram o corpo com pneu enrolado em um matagal.

Busca por familiares

Com o resultado negativo para o DNA do estudante, o IML divulgou informações sobre o corpo para identificar a vítima.

De acordo com o diretor do IML, Antônio Nunes, nos vestígios de roupas encontradas com o corpo há uma cueca de cor branca com um desenho de jacaré (marca famosa entre os jovens).

Nunes explica que nenhum possível parente da vítima compareceu até o momento para identificação, mesmo após 53 dias de registro da entrada do corpo no instituto.

Por isso, apesar de não ser Lucas Vinícius, a busca pela família da vítima carbonizada continua. “Para conseguirmos identificar o carbonizado, já que é outra pessoa”, afirma o diretor do IML.

Mulher é encontrada morta na avenida Ulissses Guimarães, no bairro Promorar (Foto: SSP-PI)

Desaparecido há 59 dias

Até o momento, a família do Lucas continua sem respostas. A Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidos – do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) – investiga o desaparecimento. Na época do desparecimento, os bombeiros fizeram buscas pelo rio, mas não o localizaram. Atualmente, as buscas são pontuais.

Ainda no dia 30 de abril, a família do Lucas disponibilizou à Polícia Civil material genético para comparação de DNA, após o corpo carbonizado ser encontrado no Assentamento Emiliano Batata.

Familiares e namorada prestaram depoimento

A namorada de Lucas, Gabriela Vasconcelos, última pessoa a ter contato com o jovem, além de familiares do estudante, já prestaram depoimento ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Conforme o advogado de Gabriela, Ítalo Veras, na madrugada de 24 de abril, o casal voltava de uma festa, onde estavam com outros amigos, e teria discutido no caminho. Ao chegar na ponte JK, na Avenida Frei Serafim, o estudante teria tentado pular do carro. Gabriela, que dirigia, parou o veículo para que ele não pulasse. Em seguida, o rapaz saiu do carro, caminhou até a beira da ponte e caiu no rio.

Lucas Vinícius é natural de São Paulo e mora em Teresina há cerca de dois anos. A família do estudante viajou de São Paulo até o Piauí para acompanhar a investigação.

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso.

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