
Luana Fontenele
luanafontenele@tvclube.com.br
Até setembro de 2022, o estado do Piauí já registrou 32 casos de racismo ou injúria racial. Em 2021, essas ocorrências totalizaram 26 denúncias. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Sobre isso, é importante esclarecer que a injúria racial se caracteriza quando o crime é cometido contra a pessoa, e o racismo quando o crime é contra um grupo de pessoas.
Segundo a professora e ativista do movimento negro, Halda Regina, é necessário que haja uma mobilização social para que casos como esses se tornem cada vez menos comum na sociedade.
“Para diminuir o racismo é necessário prender essas pessoas que praticam o racismo, elas precisam ser punidas, mas, o Estado brasileiro também precisa se colocar diante disso e dizer: ‘precisamos diminuir o racismo com políticas públicas e políticas sociais que melhorem a vida da população negra'”, destaca a ativista.
Um caso recente de injúria racial foi o que aconteceu com o chef de cozinha Luís Felipe Feitosa. Em vídeo publicado nas suas redes sociais, o chef contou que estava na academia fazendo exercício em uma máquina, quando uma mulher perguntou se ele iria demorar. A partir disso a mulher teria começado a ofendê-lo, falando que a academia aceitava qualquer “tipo de gentinha”.
“Ela começou a usar palavras ofensivas comigo, dizendo que não sabia como a academia aceitava qualquer tipo de gente, que deveria aceitar gente como ela, que é uma pessoa da sociedade”, afirmou.
O chef destaca que permaneceu calado apesar das ofensas, porém a mulher teria ido até a recepção para continuar a falar sobre o assunto e proferir palavras de baixo calão contra ele, até que o chamou de macaco.
“Fui até a recepção e perguntei o que ela ainda queria e expliquei para a recepcionista o que estava acontecendo e disse que a moça estava babujando do meu lado’ e ela falou ‘babujando não, quem babuja é você seu macaco’”, relembrou Luís Felipe que realizou um boletim de ocorrência contra a mulher.
Para haver a devida punição aos que praticam injúria racial e racismo, o advogado Cantuário Filho destaca que é importante que quando houver tais práticas, se leve provas do ato, tais como gravações de áudio, vídeo, testemunhas ou atas notariais.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Malu Barreto e Carlienne Carpaso
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