Veja como votaram os deputados do Piauí no PEC do voto impresso

Dentre os deputados que compõem a bancada piauiense na Câmara Federal, sete se posicionaram de forma contrária ao texto.

Crédito: Pablo Valadares/ Cleia Viana/ Luis Macedo/ Alex Ferreira/ Câmara Federal

A maioria dos deputados federais do Piauí votou contra o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que buscava a aprovação do voto impresso para as eleições de 2022. Ao todo, 229 parlamentares foram favoráveis ao documento contra 218.

Dentre os deputados que compõem a bancada piauiense na Câmara Federal, sete se posicionaram de forma contrária ao texto. São eles: Rejane Dias (PT), Merlong Solano (PT), Fábio Abreu (PL), Flávio Nogueira (PDT), Margarete Coelho (Progressistas), Marcos Sampaio (MDB) e Átila Lira (Progressistas).

Votaram a favor do Projeto os deputados Júlio César (PSD), Iracema Portella (Progressistas) e Marina Santos (Solidariedade). Para que a emenda pudesse ser aprovada, seria necessário atingir o cociente mínimo de 308 votos.

O que dizem os deputados

Por meio das redes sociais, a deputada federal Rejane Dias se posicionou sobre o assunto. De acordo com ela, o PEC do voto impresso é uma “ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso e contra o Supremo”.

“O Brasil deu uma resposta à altura pela democracia! O Brasil real tem outras prioridades. A gente precisa de mais vacinas, mais empregos, mais projetos sociais, mais auxílios às camadas mais vulneráveis e, acima de tudo, mais liberdade. A nossa luta pela democracia é constante, diária e inegociável”, escreveu a parlamentar.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em entrevista ao portal ClubeNews, a deputada Marina Santos justificou que a modalidade impressa das eleições tornaria o resultado mais seguro, embora ainda acredite no resultado das urnas eletrônicas.

“Eu fui favorável pelo fato de ser uma ferramenta a mais de segurança, apesar de achar que a urna eletrônica seja confiável, mas não vejo nenhuma objeção em incrementar a segurança. Por essa razão votei a favor”, explicou.

A deputada federal Iracema Portella esclareceu que a emenda não previa o retorno das cédulas eleitorais em 2022, mas sim de um comprovante impresso após a efetivação do voto.

“Durante este período em que a questão foi levada a debate, vimos que muitas pessoas gostariam que houvesse o voto impresso. É importante que se diga que não seria a volta da cédula eleitoral, mas sim um novo sistema que permitiria ao eleitor ver o seu voto após concluir a votação. Não vejo problema”, disse a parlamentar.

Para o deputado federal Flávio Nogueira, a medida representa a volta de ideias pertencentes a épocas passadas da história nacional. “Querer o Voto Impresso é optar pelo anacronismo. Podemos até aprimorar, ainda mais, o modo de votação. Nunca retroceder”, reforçou Nogueira.

A favor do texto enviado à Câmara, o deputado Júlio César foi firme ao dizer que as eleições precisam de maior transparência. Contudo, não descartou a segurança do atual processo eleitoral.

“Vejo a questão do voto auditado como mais uma forma de transparência nas eleições. É um direito do eleitor que votou. Também não acredito em manipulação das nossas urnas eletrônicas. Só não vejo a necessidade de todo esse movimento para a votação dessa PEC sendo que pautas de reformas e de importância econômica ficam travadas”, disse o deputado.

PEC do Voto Impresso

A proposta rejeitada, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos.

Após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agradeceu aos deputados pelo comportamento democrático. “A democracia do Plenário desta Casa deu uma resposta a este assunto e, na Câmara, espero que este assunto esteja definitivamente enterrado”, afirmou.

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