Boletim da Fiocruz reforça relevância de passaporte de vacinas anticovid na retomada de atividades

O boletim também reforça a necessidade da população manter outras medidas, como o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico e social.

 

Vacinação contra covid-19 – Fotos: Myke Sena/MS

Os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, defendem que o sucesso no controle da pandemia, no atual estágio em que o Brasil se encontra requer, além de elevada cobertura vacinal, a associação de outras medidas, como passaporte de vacinas e uso de máscara.  Projeto de Lei quer implementar “passaporte da vacina” contra Covid-19 no Piauí. 

Com menos de 50% da população com esquema vacinal completo, os pesquisadores relatam que é fundamental a adoção pelo Brasil do passaporte vacinal como uma política pública de estímulo à vacinação e proteção coletiva.

O boletim também reforça a necessidade da população manter outras medidas, como o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico e social.

Os pesquisadores ressaltam que a combinação deste conjunto de medidas é fundamental para garantir um processo cauteloso de retomada das atividades, a exemplo do que vem sendo realizado em Singapura, país considerado exemplar no enfrentamento da pandemia.

Cartão de vacinação comprova aplicação das doses contra a Covid – Foto: Ascom parlamentar.

A nova edição do boletim, que é de sexta-feira (15), sinaliza que, ao longo das duas últimas semanas epidemiológicas, vem sendo reduzida no Brasil a velocidade na queda dos indicadores da mortalidade, incidência de novos casos novos de Covis- 19 e no índice de positividade de testes de diagnóstico.

Nas Semanas Epidemiológicas 39 e 40 (26 de setembro a 9 de outubro), a redução de casos média diária foi de 0,5% e de 1,2% para óbitos. A taxa de letalidade se encontra atualmente em torno de 3% e permanece alta em relação a outros países.

Apesar da redução da velocidade na queda desses indicadores da pandemia, desde julho de 2021, com a intensificação da vacinação, o país vem registrando um diminuição na incidência de casos novos, nas ocupação de leitos UTI e taxas de mortalidade.

Outro resultado positivo é que, na última semana, nenhuma macrorregião de saúde registrou taxa de Sindrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) acima de 10 casos por 100 mil habitantes, após várias semanas com registros de taxas muito altas.

DADOS DO PIAUÍ

O Piauí registrou 118 casos confirmados e três óbitos de Covid-19, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde neste sábado (16).

Os casos confirmados no estado somam 322.860 em todos os municípios piauienses. Já os óbitos pelo novo coronavírus chegam a 7.067 e foram registrados em 223 municípios.

Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, há 194 ocupados, sendo 115 leitos clínicos, 72 UTIS e 7 leitos de estabilização. As altas acumuladas somam 23.093 até o dia 16 de outubro de 2021.

PASSAPORTE NO PIAUÍ

Um projeto de lei que estabelece a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para entrada em ambientes fechados, como bares e restaurantes, em todo o estado, está em discussão na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).

O autor da proposta, deputado estadual Franzé Silva (PT), conta que o projeto busca prevenir uma nova alta de casos da doença devido à reabertura e ampliação do horário de funcionamento desses estabelecimentos.

Em Teresina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que toda a população adulta estará imunizada com as duas doses ou dose única contra a Covid-19 até o mês de novembro. Além disso, o ministro criticou a ideia de obrigar o uso do “passaporte da vacina” para circulação das pessoas pelas cidades.

Óbitos

Os novos dados apontam queda nos óbitos, com o avanço da vacinação, que se aproxima de 50% com esquema vacinal completo. Os pesquisadores destacam que, por outro lado, este novo cenário traz algumas questões importantes. Uma delas é que com grande parte dos adultos já vacinados, os indicadores demográficos mostram que os casos de internação e de óbitos continuam muito concentrados entre os idosos.

Fotos:: Caio de Biasi/especial para o MS

Leitos de UTI para Covid-19

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS mantêm-se em patamares baixos em praticamente todo o país. Comparando dados obtidos no dia 11 de outubro com os obtidos no dia 4 de outubro, a análise destaca a reversão da tendência de crescimento do indicador que vinha sendo observada no Espírito Santo nas três semanas anteriores. O estado permanece na zona de alerta intermediário, mas a taxa caiu de 75% para 65%. Também ressalta a situação do Distrito Federal, que se mantém na zona de alerta crítico, com taxa ainda mais elevada (na última semana era 83% e passou a 89%), embora parte do aumento no indicador possa ser explicado pela retirada de leitos. Adicionalmente, observou-se uma elevação expressiva do indicador no Ceará (32% para 48%).

Foram registradas reduções nos leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS em Rondônia, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Além disso, leitos que já não vinham sendo contabilizados no Maranhão voltaram a ser contabilizados, explicando parcialmente a queda do indicador no estado de 32% para 14%.

No balanço geral, o Distrito Federal está na zona de alerta crítico (89%), o Espírito Santo está na zona de alerta intermediário (65%) e os vinte e cinco demais estados estão fora da zona de alerta: Rondônia (36%), Acre (6%), Amazonas (24%), Roraima (27%), Pará (23%), Amapá (11%), Tocantins (27%), Maranhão (14%), Piauí (52%), Ceará (482%), Rio Grande do Norte (35%), Paraíba (25%), Pernambuco (51%), Alagoas (30%), Sergipe (18%), Bahia (28%), Minas Gerais (23%), Rio de Janeiro (44%), São Paulo (30%), Paraná (46%), Santa Catarina (42%), Rio Grande do Sul (56%), Mato Grosso do Sul (20%), Mato Grosso (31%) e Goiás (49%).

Entre as capitais, Brasília (89%) permanece na zona de alerta crítico, e Vitória (63%) e Porto Alegre (63%) na zona de alerta intermediário. Porto Velho e a cidade do Rio de Janeiro deixam a zona de alerta, valendo destacar que, na última, isto ocorre pela primeira vez desde que os pesquisadores do Boletim começaram começamos a monitorar o indicador, em julho de 2021.

Vinte e quatro capitais estão fora da zona de alerta: Porto Velho (57%), Rio Branco (6%), Manaus (57%), Boa Vista (27%), Belém (0%), Macapá (12%), Palmas (39%), São Luís (8%), Teresina (51%), Fortaleza (39%), Natal (37%), João Pessoa (24%), Recife (a taxa específica de Recife não foi divulgada, mas consta do Boletim publicado pela Secretaria de Saúde do município que todos os leitos municipais de UTI Covid-19 já foram desativados; há leitos em níveis de atenção de menor complexidade), Maceió (51%), Aracaju (18%), Salvador (26%), Belo Horizonte (50%), Rio de Janeiro (59%), São Paulo (38%), Florianópolis (57%), Campo Grande (21%), Cuiabá (40%) e Goiânia (39%).

 

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Fonte: Com informações da Agência Fiocruz de Notícias


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