Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
No último domingo (5), a jovem Maria Rita Pimentel, de 13 anos, se afogou após ficar com o cabelo preso no sugador de uma piscina da casa de uma amiga, na cidade de Água Branca. Apesar do susto, a jovem passa bem. O tenente-coronel José Veloso, do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, afirmou que acidentes envolvendo piscinas precisam ser tratados com muita seriedade e rapidez, para garantir a sobrevivência da vítima.
“As imagens desse acidente são angustiantes, dramáticas, na medida que se vê a impotência das pessoas frente àquela condição. Um acidente dessa natureza requer um atendimento rápido, imediato, não há tempo a perder. O ser humano não pode passar mais de 4 minutos sem respirar. Por conta disso, a gente precisa chamar a atenção para essa resposta ser eficiente”, disse.
No caso de Maria Rita, o tenente-coronel cita que alguns fatores foram cruciais para que a jovem saísse dessa situação sem maiores problemas.
“Para ser assim, devemos considerar alguns fatores, que no caso do afogamento da jovem na piscina foram essenciais: inicialmente, a baixa profundidade da piscina favoreceu o atendimento; segundo, a visualização que ocorreu de imediato, ou seja, tão logo o acidente aconteceu houve uma pronta resposta; terceiro, não há outra solução senão o corte do cabelo e esse corte justamente aconteceu com um objeto cortando buscado nas proximidades. Nessa ocorrência é possível dizer que houve uma resposta eficiente”, comentou.
José Veloso fez um alerta e deu orientações sobre os devidos cuidados para evitar acidentes em piscinas.
“Piscinas possuem um sistema de filtragem da água, que funciona como se fosse o nosso sangue: pulsando. É movido por uma bomba que puxa a água e faz com que ela retorne após ser filtrada. Esse ponto de sucção da água é crítico e geralmente fica no lugar mais fundo. A velocidade que a sucção acontece é muito rápida e a força é grande. As pessoas em condições de vulnerabilidade, que oferecem alguma possibilidade de ser sugadas precisam ter muito cuidado, pode ser o cabelo ou qualquer outro objeto que a pessoa utilize que, passando nas proximidades, vai ser sugado e não tem como desligar essa bomba tão rapidamente para salvar uma pessoa”.
“Essa situação foi tão visualizada que ninguém desligou a bomba, o que houve foi o corte do cabelo da adolescente que foi salva inclusive com as manobras de reanimação cardiorrespiratória já que houve aspiração de água. Precisamos ter cuidado com a piscina, precisamos ter cuidado com o banhista e também ter cuidado com a resposta já”, finalizou o bombeiro.
*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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