26 de agosto de 2025

Criança de 11 anos grávida de gêmeos após estupro é submetida a aborto

Kelvyn Coutinho

Publicado em 24/06/2022 19:04

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A criança realizou o procedimento na Maternidade Dona Evangelina Rosa. (Foto: Governo do Piauí)

Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) confirmou que a criança de 11 anos, grávida de gêmeos após um estupro, foi submetida ao procedimento de aborto na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. A menina estava com 12 semanas de gestação e se recupera bem após a interrupção da gravidez.

O suspeito do crime é o padrasto da criança, um homem de 35 anos, que foi preso no último dia 4 de junho, em Tanque do Piauí. Segundo a Polícia Civil, o homem mantinha um relacionamento com a mãe da menina há um ano e se aproveitava de momentos que ficava sozinho com a menor para praticar o delito.

De acordo com o promotor de Justiça José William, o Ministério Público já denunciou o homem à Justiça. O procedimento de aborto foi realizado após recomendações médicas e psicológicas. Após o procedimento, a menina está fisicamente bem e passará por acompanhamento psicológico.

“A recuperação está sendo tranquila. Do ponto de vista médico, está tudo bem. O complicado nesses casos é do ponto de vista psicológico, mas ela está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e por psicólogos para passar por esse caso”, afirmou o promotor.

O representante do MP não detalhou se a interrupção da gravidez foi realizada ainda na quinta (23) ou apenas nesta sexta-feira (24). A criança deu entrada na Maternidade Dona Evangelina Rosa no último dia 6 de junho, quando foi aberto um protocolo no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvvis).

Segundo o promotor, o período entre o dia que a vítima foi atendida na maternidade e a concretização do aborto foi necessário para que fossem cumpridas as etapas legais e importantes em casos do tipo.

“É algo muito delicado, não é sempre igual que esses casos acontecem. Veja, em muitos casos, na minha experiência como promotor, nós vemos situações em que as vítimas decidem seguir com a gestação. O aborto não é obrigatório. Então esse tempo não é uma demora, mas sim o cumprimento de fases para que não haja arrependimentos nem revitimização das mulheres”, declarou.

José William orientou ainda que, caso haja suspeita de gravidez após casos de estupro, as vítimas ou familiares de menores ou vulneráveis devem buscar imediatamente o Conselho Tutelar. “Eles têm contato com a polícia, com o MP e outros órgãos para dar seguimento aos procedimentos”, completou o promotor.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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