Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
Com a chegada do período mais quente do ano, conhecido como o B-R-O BRÓ, muitos teresinenses têm buscado formas de se refrescar. Uma dessas formas é tomar banho no rio Parnaíba. No entanto, o Corpo de Bombeiros alerta para as medidas de segurança que podem evitar acidentes, como os afogamentos.
No último domingo (4), uma tarde de lazer familiar terminou em tragédia depois que três pessoas da mesma família morreram afogadas no rio Parnaíba, no trecho entre as cidades de Teresina e Timon. As vítimas foram identificadas como Rosinete de Oliveira Morais, 30 anos, Ruthy de Oliveira Morais, de 11 anos, e Ronaldo de Oliveira Morais, 28 anos. Rosinete e Ronaldo eram irmãos e a menina era filha dela. De acordo com os bombeiros, uma pessoa foi tentar salvar a outra e acabou se afogando.
Segundo o tenente Gabriel Mendes, comandante de Socorro do Corpo de Bombeiros, a recomendação é que, se houver risco para a própria vida, não se deve entrar em contato direto com a pessoa que está se afogando.
“Você pode ofertar algum material flutuante, jogar uma corda com uma garrafa PET, mas nunca entre em contato com a pessoa que está se afogando, porque a chance de você se tornar uma vítima é muito grande”, afirmou.
O tenente alertou para as chamadas “coroas” do rio. Segundo ele, o perigo está na profundidade considerável e na correnteza forte próxima a elas.
“Como a água do rio é meio turva, você tem que ter sempre o cuidado ao entrar. É preciso entrar devagar, verificar a profundidade, tatear com os pés, verificar se há buracos naquela região. Nós sabemos que essa região das coroas tem muita draga, que causa buracos no leito do rio. Então a gente tem que ter muito cuidado com isso. Entrar com cautela, entrar devagar verificando até onde há uma margem segura”, disse.
No caso de crianças entrando na água, o comandante de socorro declarou que deve-se redobrar o cuidado e sempre fazer o uso de colete salva-vidas.
“Com criança o cuidado tem que ser redobrado. O ideal é que se for entrar na água, a criança tenha um colete salva-vidas, aquele colete que prende ao corpo, e nunca perder a atenção da criança. A questão de boia não é indicada porque a criança pode sair da boia, a boia pode furar e dá uma falsa sensação de segurança. O ideal é que se for entrar na água, é sempre com colete salva-vidas”, mencionou.
Nessa época, os bares e restaurantes localizados na beira do rio recebem muitos clientes. O tenente Gabriel comentou que é preciso ter cautela com relação à comida e ingestão de bebida alcoólica, que podem aumentar o risco de acidentes.
“A gente pede que sempre tenha prevenção quando for tomar banho em rios, quando for utilizar meio líquido, evitar bebida alcoólica, evitar comer antes de entrar na água, evitar – como é uma água mais escura – pular de cabeça. Então esse tipo de cautela evita em até 85% os riscos de acidente. São lugares bastante frequentados, muita gente vai. Todo cuidado é pouco. A gente tem que ter cuidado sempre redobrado. Água no umbigo já é sinal de perigo. Viemos de um período com muita chuva e o rio está cheio. Pode não estar na aparência, mas lá dentro tem muita água”, completou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Lucy Brandão.
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