Sonho empreendedor: produção de amuleto permite mãe e filha viverem do artesanato

As artesãs se destacam pela produção de um objeto conhecido como filtro dos sonhos

Filtro dos sonhos (Foto: Reprodução/Instagram @artesanas_pi)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

O artesanato é um segmento que possibilita empreendedores trabalharem na produção de vários itens, incluindo um amuleto indígena conhecido como filtro dos sonhos. Este artefato foi uma dos responsáveis por expandir o talento de duas artesãs em Teresina, que realizaram os sonhos de empreender e enviar seus produtos para todo o Brasil.

Mãe e filha se uniram para alcançar estes objetivos. Ana Cristina, de 28 anos, decidiu fazer algo mais ao perceber que o trabalho de Ana Paula, de 53 anos, não era rentável.

Por isso, a filha resolveu expor os filtros dos sonhos – bem como outros artefatos – em feiras de artesanato e nas redes sociais.

Mãe e filha trabalham com artesanato (Foto: Arquivo pessoal)

“Faço estudos de planejamento estratégico para usar as redes sociais. Assim, consigo trazer novidades, planos e metas para o mercado piauiense”, disse.

A produção do amuleto indígena trouxe tanta sorte que, atualmente, a dupla consegue viver do trabalho artesanal.

ORIGEM E FUNÇÃO DO FILTRO DOS SONHOS

Mais que um objeto de decoração, o filtro dos sonhos absorve as energias do ambiente.

Conforme Ana Cristina, este objeto é originário da arte indígena.

“São amuletos usados pelo Pajé, quando as crianças indígenas tinham pesadelos. O filtro dos sonhos absorvia as energias transmitidas por esses sonhos”, afirmou.

O objeto, feito em crochê, franjas e plumas, pode ser colorido ou monocromático. Apesar da variedade de modelos, o favorito do público é o filtro do olho grego.

“O olho grego é uma peça para decoração que tira o mau-olhado de nossas casas para a entrada das energias boas, como a paz e a tranquilidade”, destacou.

Filtro dos sonhos com tema “olho grego” (Foto: Reprodução/Instagram @artesanas_pi)

APOIO AO EMPREENDEDORISMO FEMININO

As empreendedoras também se posicionaram acerca da valorização do artesanato local pela sociedade e o poder público.

Para elas, o empreendedorismo feminino ainda não recebe o apoio necessário, impossibilitando muitas mulheres de prosperar no mundo dos negócios.

“O incentivo é praticamente inexistente. Fazemos parcerias com algumas lojas, participamos de algumas feiras organizadas pelo governo, mas é só isso”, declarou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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