Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A pernambucana e técnica em Enfermagem, Janise Vieira, de 44 anos, deixou Recife (PE) e passou a morar no Piauí após o esposo assumir um cargo público no município de Campo Maior. Ela até trabalhou em uma clínica da cidade, mas foi na área da gastronomia que seu brilho reluziu, por meio de um doce típico da sua terra natal: o bolo de rolo. No Piauí, ela ganhou destaque com o sabor do Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco.
Além de nutrir a saudade por Recife (PE), produzir a iguaria pernambucana proporcionou a ascensão de Janise no empreendedorismo. Residente na capital do Piauí desde o ano passado, a recifense adoça o paladar dos teresinenses diariamente.
Nesta matéria, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Portal ClubeNews apresenta a história de uma nordestina que mostrou ao povo piauiense a receita que se tornou marca registrada do Pernambuco.
Para a recifense, lutar pela igualdade torna as mulheres mais fortes. Ser mulher e empreendedora é sinônimo de ser exemplo de coragem e resistência.
“Temos que ter força e coragem para conseguirmos nosso espaço e liberdade de escolha. Precisamos ser fortes, guerreiras, destemidas, companheiras e acreditarmos em nossa força”, declarou.
O PONTA-PÉ DA AMIGA
Janise produz bolos de rolo há quatro anos. Tudo começou quando uma amiga grávida pediu o doce de presente. Ela sugeriu para a técnica de Enfermagem abrir o próprio negócio. Dois anos depois, essa mesma história se repetiu. Mas, desta vez, a pernambucana aceitou a sugestão da amiga.
“Ela divulgou o bolo nas redes sociais e começaram a perguntar quem fazia. Logo depois, ela criou um perfil profissional para mim. Pedi demissão do meu trabalho e acreditei na produção e venda do bolo de rolo. Felizmente, deu tudo certo e sigo crescendo diariamente”, disse.
ORGULHO E DESAFIOS DE SER MULHER EMPREENDEDORA
Janise é uma profissional que coopera para o crescimento do empreendedorismo feminino no Piauí. Ela avalia de forma positiva o incentivo fornecido pelos órgãos públicos, mas acredita que a prosperidade nos negócios depende, principalmente, da iniciativa das mulheres.
“Não podemos ficar acomodadas. Precisamos criar nossas próprias oportunidades, ter coragem de assumir compromissos e manter contato com instituições que fomentam o empreendedorismo”, destacou.
Apesar de nunca ter sofrido preconceito por ser mulher, a empreendedora faz críticas o machismo e a misoginia. Segundo ela, o público feminino ainda precisa lutar bastante para conquistar direitos iguais aos dos homens.
“A sociedade ainda olha um serviço de qualidade atrelado à sexualidade, além de não acreditar no poder de comando das mulheres. Recebemos salários menores para desempenhar a mesma função e somos até mais exigidas que os homens”, frisou.
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*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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