Edson Teixeira, pai do estudante João Pedro Teixeira, morto durante uma tentativa de assalto, na zona Leste de Teresina (PI), chamou o suspeito de matar o filho de “covarde” e que o autor do crime “levou a vida de uma pessoa boa”, que agora “descansa na eternidade ao lado de Deus”.
O pai acredita que o culpado irá pagar na “Justiça de Deus”, pois essa não falha. “João Pedro. A pessoa que matou esse rapaz, matou um ser humano muito bom; você foi muito covarde. Você levou a vida de uma pessoa muito boa. Você que matou meu filho, você um dia vai pagar na lei de Deus”.
O pai complementa no recado para assassino do filho: “você fez mal para muita gente, você sozinho machucou muita gente porque você está tirando uma pessoa boa de cima da terra; você não matou um qualquer, uma pessoa que faz mal aos outros, era um cara que procurava ajudar todo mundo”.
PRISÃO DOS SUSPEITOS
Acreditando na Justiça de Deus, o pai também pediu para que as equipes de Segurança encontrem os autores do crime e os prendam o mais rápido possível.
João Pedro foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto. A vítima, reconhecida pelo pai como um homem caridoso e bondoso, estava em uma motocicleta a caminho de uma entrega, pois ajudava o pai em uma empresa de cosméticos para salão de beleza, quando foi abordado por uma dupla de assaltantes.
Até às 16h de sábado (18), a Polícia Civil e Militar não confirmaram nenhuma prisão. O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa (Baretta), confirmou que o atirador, que estaria na garupa, já foi identificado.
ÚLTIMA CONVERSA
O velório e sepultamento do jovem aconteceu neste sábado (18). O pai relata como foi a última conversa com o filho antes de saber do assassinato.
“Eu liguei para ele fazer uma entrega no (bairro) Renascença. Ele disse: ‘pai eu não vou passar o pedido para o computador porque vai chover, e eu vou rápido para voltar antes da chuva’. Parece que os ‘infelizes’ estavam só esperando meu filho sair”.
A ESPERANÇA DO REENCONTRO
Abalado e em choque, o pai disse que aguarda o reencontro espiritual com o filho. Ele comenta da dor que a família sente nesse momento de luto.
“Atiraram no pescoço do meu filho. Talvez, ele nem sentiu a dor dessa morte, que eu espero que ele não tenha sentido. Um dia nós vamos nos encontrar na eternidade, e falar se doeu ou não, mas na gente está doendo muito”.
O CORPO DO FILHO
Edson comenta que já passou por um cenário de assassinato em Teresina, mas nunca, em nenhum momento, imaginou estar dentro desse cenário, muito menos de precisa ver o corpo do filho no chão, vítima de um crime tão violento.
“Eu nunca imaginei de estar nessa cena (de assassinato). Quantas vezes eu andando em Teresina vejo esses cordões amarelos com essa cena acontecendo, mas você nunca imagina que vai passar por isso”.
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