A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou, na manhã desta segunda-feira (8), o seminário “Água no Sertão”, que visa debater a viabilidade de um projeto de integração da bacia do Rio São Francisco com os Rios Piauí e Canindé, no sul do estado.
Pelo menos 40 municípios do Piauí, que sofrem com secas severas na região do semiárido, deverão ser contemplados com a obra. A intenção é anexar o projeto ao Programa de Aceleração e Crescimento (PAC).
Um estudo de viabilidade técnica para a integração das bacias é avaliado em R$ 4,7 milhões. Três mesas de debates foram montadas para discutir a temática.
O presidente da Alepi, deputado Franzé Silva (PT), disse que a intenção é dar encaminhamento às propostas junto aos ministérios da Integração e Planejamento, que encaminharam representantes ao estado.
“Nós iremos tomar os encaminhamentos a partir da última mesa de debates. Nós iremos tirar os encaminhamentos, que serão colocados junto aos dois ministérios, Integração e Planejamento, reforçando com a nossa base federal, senadores e deputados federais”, pontuou.
Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos, do Ministério do Planejamento, disse que os estudos de viabilidade técnica têm previsão para serem concluídos em até um ano. A primeira etapa, entretanto, deverá ser concluída até outubro deste ano.
“Esses estudos, que estão no âmbito do Ministério do Planejamento, já estão englobados nas ações do PAC. A parte de análise do projeto e viabilidade nós vamos envolver no PAC. Nós estamos na primeira etapa, que vai ser concluída em outubro, que é a de coleta de informações e análise de custo benefício. Essa etapa indica a complementação de novos estudos”, destacou.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse que a segurança hídrica entrou na pauta de prioridades do Governo Federal. A ausência do serviço de abastecimento de água, de acordo com o ministro, também impacta em outros setores da sociedade.
“É um tema muito caro para o estado do Piauí. Ele permite um conhecimento profundo sobre as áreas impactadas. Indica um dos grandes desafios do Piauí e do Nordeste, como as mudanças climáticas. Garantir a segurança hídrica, será um desafio cada vez maior. A Alepi abre um conhecimento mais profundo e essa pauta entra na prioridade”, pontuou.
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