
O sono é um processo fisiológico marcado por características típicas, como o relaxamento muscular, olhos fechados e uma postura geralmente deitada. Contudo, algumas pessoas podem apresentar comportamentos atípicos durante o sono, como falar, fenômeno conhecido como sonilóquio.
O sonilóquio pode ocorrer de forma isolada ou estar relacionado a distúrbios do sono mais graves, como as parassonias. Trata-se de uma alteração comum, com prevalência de 66% ao longo da vida, o que significa que duas em cada três pessoas terão ao menos um episódio de fala durante o sono. Esse fenômeno é mais frequente na infância, tende a diminuir gradualmente e, em geral, desaparece na puberdade, sendo raro na idade adulta.
O sonilóquio pode acontecer tanto no sono REM (Movimento Rápido dos Olhos) quanto no sono não-REM (NREM), embora seja mais comum neste último. O discurso varia entre frases coerentes, palavras soltas ou até sons incompreensíveis. Em geral, a pessoa não tem consciência do episódio e não se lembra dele no dia seguinte. Além disso, o conteúdo da fala raramente está relacionado às experiências do cotidiano.
Embora seja, na maioria dos casos, uma manifestação inofensiva, é importante observar se o sonilóquio está acompanhado de outros comportamentos ou sintomas que possam indicar distúrbios mais sérios, como movimentos bruscos ou interrupções na respiração, que merecem avaliação médica.
Referência: Huebra, L. (2023). Falar durante o sono: motivos de preocupação. Revista da Associação Brasileira do Sono, Edição 37.
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