
Nesta segunda-feira (24) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, data criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença afeta principalmente os pulmões, mas também pode comprometer ossos, rins e meninges, as membranas que envolvem o cérebro.
No Piauí, os dados mais recentes finalizados são referentes ao ano de 2023. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), foram 1.147 casos notificados, 902 casos confirmados e 97 óbitos, um aumento de quase 20% em relação ao ano anterior.
Com relação a 2024, os números ainda não foram fechados. No entanto, a Sesapi informou que, até o momento, foram 1.074 casos notificados, 872 casos confirmados e 73 óbitos.
Em entrevista à TV Clube, a coordenadora do Setor de Tuberculose da Sesapi, Ivone Venâncio, destacou que alguns grupos têm maior risco para a doença.
“Os números no Piauí chamam atenção porque é uma doença prevenível e tratada ambulatorialmente. O tratamento dura seis meses. Então, entendemos que é uma doença endêmica no nosso estado e com alta incidência. Portadores de HIV, pessoas em situação de rua, população carcerária, crianças e pacientes imunossuprimidos têm um risco aumentado”, explicou.
A chefe do Núcleo de Doenças Negligenciadas da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Dra. Juliana Raulino, ressalta que a tuberculose é uma doença infecciosa transmitida diretamente de pessoa para pessoa, por meio da tosse, fala ou espirro. “O sintoma mais frequente é a tosse (seca ou com catarro), geralmente com duração superior a três semanas, podendo estar associada a febre, emagrecimento e suores noturnos”, afirmou.
A doença pode ser prevenida por meio da vacinação. A vacina BCG, indicada para crianças de 0 a 5 anos, previne as formas graves da tuberculose. Outra medida é o tratamento da infecção latente, recomendado para pessoas que tiveram contato com casos de tuberculose, mas não apresentam sintomas. Esse tratamento impede que a bactéria se torne ativa, protegendo a saúde e ajudando a interromper a transmissão.
Teresina
Fátima Sousa, diretora de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde, alerta que pessoas com sintomas respiratórios há mais de três semanas devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
“O diagnóstico e tratamento estão disponíveis na rede da FMS. Essa doença tem cura e, após 15 dias de tratamento regular, o paciente não transmite mais a doença. No entanto, é essencial tratar por pelo menos seis meses e realizar o acompanhamento mensal pela Equipe de Saúde da Família para garantir a cura”, destacou.
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Fonte: Fundação Municipal de Saúde