2 de outubro de 2025

Animais morrem após instalação de cerca em reserva ambiental na zona Sul de Teresina

Editor
Publicado há 14 horas

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Populares denunciam a morte de animais após a instalação de uma cerca em uma área de reserva ambiental localizada no bairro Saci, zona Sul de Teresina.

De acordo com moradores, diversos animais morreram após a colocação da barreira, feita com molas de colchão, que impede a passagem da fauna pelo local. Em imagens exibidas pela TV Clube, aparece o casco de um jabuti, sugerindo que o animal não resistiu ao ficar preso na estrutura.

Outro registro mostra ainda o que seria uma possível armadilha para captura de capivaras. Nas proximidades, uma placa informa que o espaço seria de propriedade privada e que a entrada no local é proibida.

Socorro Braga, coordenadora do Coletivo da Lagoa do Saci, relatou que tanto a placa quanto a cerca foram colocadas recentemente e que isso tem provocado a morte de animais. Moradores que vivem na região há décadas afirmam já ter avistado diversas espécies, como jiboias e capivaras.

“Não existe fiscalização, monitoramento e sinalização da fauna local que existe nessa reserva hídrica que é fundamental para nossa cidade”, disse Socorro Braga.

A legislação municipal de Teresina proíbe novas construções e regularizações fundiárias em áreas de preservação permanente às margens de rios, seguindo o Código Florestal e normas municipais específicas. A regra determina a proibição de ocupação por 50 anos.

Outro lado

A Prefeitura de Teresina foi procurada para entender se o terreno às margens da Lagoa do Saci é de propriedade privada, mas ainda não tivemos retorno.

Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) informou que será realizada uma ação de fiscalização em conjunto com a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU Sul) e a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb).

Ainda segundo a Semam, a iniciativa tem o objetivo de verificar denúncias de cercamentos irregulares, lançamento de esgoto, descarte inadequado de resíduos sólidos e outros impactos ambientais. Somente após esse diagnóstico, a secretaria afirma que poderá traçar as medidas necessárias para a recuperação e proteção da área.


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