16 de outubro de 2025

Corpo de músico que morreu em acidente após perseguição policial será exumado nesta sexta-feira (17) em Teresina

A família acredita que Carlos Henrique morreu após ser baleado, mas o IML apontou a causa da morte como o acidente.
Repórter
Publicado há 2 horas

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O músico Carlos Henrique de Araújo Rocha (Foto: reprodução)

O corpo do músico Carlos Henrique de Araújo Rocha, de 24 anos, que morreu após um acidente de trânsito durante uma perseguição policial em maio de 2024, será exumado nesta sexta-feira (17). O caso aconteceu na zona Leste de Teresina e a família acredita que a causa da morte tenha sido causada por algum disparo de arma de fogo.

O cadáver passará por uma nova perícia do Instituto de Medicina Legal (IML). O pai do jovem, Carlos Batista Rocha, relatou que nunca foi convencido de que o filho morreu em decorrência do acidente, como foi constatado pela perícia.

Segundo o advogado que representa a família, Lucas Ribeiro, a teoria defendida é que o rapaz tenha morrido depois de sair do carro. A família acredita que Carlos Henrique foi atingido na cabeça já fora do veículo.

“O processo ficou dessa forma, como se ele tivesse sido vítima de uma batida de trânsito, sendo que o corpo dele estava metros de distância do carro. Na verdade, ele desceu do carro, caminhou e aí foi alvejado com um tiro na cabeça, e tem a perfuração lá que mostra claramente que aquilo dali foi um tiro”, afirmou o advogado Lucas Ribeiro, da assessoria jurídica da família.

Carlos Henrique era baixista da banda do cantor Júnior Masca. O músico chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e faleceu por volta das 5h10.

Portal ClubeNews apurou que o músico estava em um veículo por aplicativo, que foi atingido por um outro carro, modelo Suv, que estaria sendo dirigido por bandidos e que fugiam da viatura da Polícia Militar, no cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino. Imagens feitas após a ocorrência mostram o carro em que o cantor estava amassado.

Versão da polícia

O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa Baretta, informou que, conforme relato da Polícia Militar do Piauí, os homens perseguidos pelos policiais militares e envolvidos no acidente do músico Carlos Henrique eram suspeitos de furtar fios de telefonia em Teresina-PI.

A SUV era dirigida por Josep Machado, que será julgado pelo Júri Popular. Já Bárbara Beatriz da Silva dos Santos, dona da SUV e passageira no momento do acidente, foi absolvida por falta de provas. Josep continua preso por ser considerado perigoso e por ter condenações anteriores por furto, roubo qualificado e receptação, além de responder a outros processos.

Laudo do IML

O laudo do IML não identificou marcas de tiros por arma de fogo no corpo da vítima e apontou morte “por ação contundente”, provocado por algum trauma.  Não há informações de qual instrumento teria provocado a lesão na vítima. A perícia também não localizou perfurações de tiro no carro ocupado por Carlos.

Já o HUT afirmou que o jovem deu entrada no hospital, na madrugada do dia 30 de maio de 2024 com uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça, segundo relato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

No entanto, o músico morreu antes da equipe médica do HUT conseguir estabilizar o paciente e realizar exames por imagem para confirmar a perfuração por disparo na cabeça.


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