“Foi muito difícil quando nós descobrimos, porque quando disseram que era cirurgia no coração, ficamos com muito medo”, conta a trabalhadora rural, Dandara dos Santos, mãe da Ana Sofia, de 3 anos, que foi diagnóstica com bloqueio cardíaco total.
A família, que reside no povoado de Serra Vermelha, na zona Rural da cidade de Paulistana, passou cerca de um mês em Teresina em busca do tratamento para a criança.
A mãe conta que em fevereiro a menina apresentou uma série de inchaços, no rosto e no corpo, e que isso a fez buscar uma avaliação médica. Ana Sofia chegou a receber diversos diagnósticos, o que assustou ainda mais seus familiares.
“Eu consultei ela no postinho onde moro e no exame deu que o fígado dela estava grande. Depois, ela foi em uma pediatra que notou tamanho anormal do coração após ela fazer um raio-x. Quando saiu o resultado dos exames cardiológicos a pediatra disse que tínhamos que procurar um cardiologista pediátrico com urgência”, disse a mãe.
Durante a consulta com o cardiologista, o médico foi direto com os pais. “O problema da Ana é um bloqueio no coração total e ela precisa, com urgência, de um marca-passo”. Isso seria o peça chave para garantir que menina tivesse uma vida normal.
Entretanto, um novo problema surgiu. Os pais de Ana não possuíam condições de custear o procedimento cirúrgico, que custa em média R$ 8 mil. Então, no dia 2 de março, a família percorreu 472,1km, para dá início a internação de Ana Sofia no Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, e aguardar na fila de cirurgia do SUS.
“Foram 22 dias de espera até que recebemos a notícia que Ana ganharia um marca-passo. Nós ficamos muito felizes, pois não tínhamos condições de pagar o particular. A cardiologista disse que Ana levará uma vida normal e que, quando ela completar 7 anos e 11 meses, precisa trocar o aparelho”, destacou a trabalhadora rural.
A mãe de Ana relata que antes a filha era uma criança “sem ânimo até para brincar” e a cirurgia já mostra os resultados no desempenho da menina já nos primeiros dias. Um coração, antes diagnosticado como “lento”, agora pode “acelerar” com os passos da infância.
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