Juniel Sousa Silva foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Kleiton Ângelo Guedes Assunção Martins, técnico em radiologia. O homicídio aconteceu em 11 de dezembro de 2019, no bairro Taboca do Pau Ferrado, zona rural de Teresina, e teve como motivação uma dívida originada da desistência da vítima em pagar por um homicídio encomendado.

De acordo com o Ministério Público do Piauí (MP-PI), Kleiton havia contratado Juniel e um comparsa para matar uma pessoa, mas voltou atrás antes da execução. Mesmo assim, os supostos pistoleiros exigiram o pagamento pelo “serviço”. A negativa da vítima em quitar a dívida de R$ 6 mil resultou em sua execução.

A investigação apontou que, na madrugada do crime, Kleiton foi atraído para um matagal com a promessa de comprar um colar de ouro. No local, foi surpreendido e morto com cinco disparos de arma de fogo. O laudo cadavérico confirmou a execução à queima-roupa, sem chance de defesa.

O julgamento aconteceu na última quinta-feira (22), e o Conselho de Sentença reconheceu a autoria e as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O promotor de Justiça Márcio Carcará representou o MP-PI durante a sessão.

Prisões e confissão

Após o crime, Juniel e o comparsa, Antônio Paulo Oliveira, fugiram para o estado de São Paulo. Juniel foi preso no dia 10 de julho de 2020 e confessou o crime à Polícia Civil. Já Antônio Paulo foi capturado cerca de um mês depois, em 13 de agosto, na cidade de Potirendaba-SP.

Com a condenação, Juniel Sousa Silva cumprirá pena em regime fechado. O processo contra o comparsa segue em andamento.